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Os Estados Unidos afirmaram, esta terça-feira, que não estiveram envolvidos nem foram informados antecipadamente da ofensiva da semana passada das forças ucranianas na região fronteiriça russa de Kursk.

“Não tivemos nada a ver com isso. Cabe aos ucranianos falar sobre as suas operações militares. A nossa política não se alterou a este respeito. O que vamos continuar a fazer, como temos feito nos últimos dois anos, é continuar a prestar à Ucrânia a assistência de que necessita”, disse aos jornalistas a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

A representante da administração de Joe Biden recordou que a Rússia “está a atacar a soberania e a liberdade da Ucrânia” e que a população ucraniana tem sido “incrivelmente corajosa”. “Mas nós não nos envolvemos. Continuaremos a falar com os ucranianos sobre a sua abordagem, mas é a eles que compete falar. Esta é a guerra da Rússia. É a sua invasão e agressão a um país soberano e os ucranianos têm sido incrivelmente corajosos na sua luta”, afirmou.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano disse, também esta terça-feira, que o objetivo da incursão na zona fronteiriça russa de Kursk não era “tomar território na região”, mas sim proteger os civis ucranianos.

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“Ao contrário da Rússia, a Ucrânia não precisa da propriedade de outras pessoas”, disse hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Georgii Tykhii, explicando a posição de Kiev sobre a operação militar em curso.

Também o porta-voz da presidência ucraniana, Maikhailo Pololiak, disse que a incursão na região de Kursk faz parte da estratégia de destruir as infraestruturas bélicas da Rússia.

O porta-voz da diplomacia ucraniana argumentou que as incursões em território russo “são ações absolutamente legítimas por parte da Ucrânia, em particular no âmbito do direito à legítima defesa previsto na Carta das Nações Unidas”.

Tykhii garantiu ainda que o Exército ucraniano “respeita totalmente as leis e costumes da guerra e o direito humanitário internacional” em território russo e que visa apenas alvos “militares”.

Na segunda-feira, o Exército ucraniano reivindicou o controlo de 1.000 quilómetros quadrados de território russo na região fronteiriça de Kursk, onde as forças de Kiev ainda mantêm uma ofensiva depois de terem lançado um ataque surpresa em grande escala em 06 de agosto.