O primeiro-ministro, Luís Montenegro, acompanhou, durante a tarde desta sexta-feira, as operações de busca pelos militares da GNR desaparecidos após a queda de um helicóptero no rio Douro, perto de Peso da Régua.

Em declarações aos jornalistas, o chefe de Governo explicou que tomou a iniciativa de acompanhar de perto as buscas pelos militares desaparecidos com o intuito de “verificar a magnitude da situação e estar pessoalmente com os mergulhadores”. O primeiro-ministro transmitiu ainda apreciação pelo esforço que a equipa de salvamento estava a fazer e disse que sentiu a “obrigação e responsabilidade de representar o Governo e o povo português, ao estar ao lado daqueles que arriscam a sua própria vida”.

Questionado se a sua presença não podia desviar as atenções do essencial, da busca e resgate dos ocupantes, Luís Montenegro refutou essa possibilidade. “Sinceramente creio que a presença de primeiro-ministro não foi motivo de nenhuma perturbação nas operações de busca. Fazer disso crítica ou caso, francamente, acho que é um desrespeito pelas Instituições. Já não digo por mim, porque eu sou muito pouco importante a esse respeito”, respondeu, acrescentando: “Não tive nenhuma intervenção nem pretendo ter do ponto de vista operacional, mas tenho um enorme respeito por aquilo que estes homens e mulheres estão a fazer”.

As imagens transmitidas pelas televisões captaram o primeiro-ministro num bote salva-vidas na companhia de quatro pessoas. Mais tarde, fotografias tiradas de dentro da lancha mostram Montenegro acompanhado pela vice-presidente da Câmara Municipal de Lamego, Catarina Gonçalves Ribeiro.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Ao início da tarde, num ponto de situação das operações, o chefe do departamento da Polícia Marítima Norte, comandante Rui Silva Lampreia, já tinha revelado que o primeiro-ministro “mostrou interesse em ir ao local” e as autoridades presentes facilitaram os meios para Montenegro poder acompanhar o trabalho dos mergulhadores.

*Editado por Cátia Andreia Costa