O PS está “preocupado” com os contornos “absolutamente misteriosos” e a falta de explicações sobre o assalto à secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, que resultou no roubo de oito computadores portáteis. Por isso mesmo, o partido vai chamar a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, ao Parlamento com urgência, para pedir explicações.

Em declarações à margem da Academia Socialista, em Tomar, o dirigente socialista Pedro Vaz falou do “alegado furto” que o Observador noticiou esta quinta-feira. “Estamos a falar de computadores de altos dirigentes da Administração Interna, que continham informação desconhecida, em contornos absolutamente misteriosos. Isto levanta preocupações”, disse aos jornalistas, acusando o Governo de estar a “desvalorizar a situação”.

Por isso, e considerando que há “falta de explicações” sobre este caso, o PS vai entregar um requerimento para ouvir a ministra assim que possível no Parlamento, para perceber várias questões, entre elas “como é possível” que ocorra um furto de equipamentos informáticos num edifício do ministério com vigilância policial, que informação continham os computadores e quem está a investigar.

Numa alusão ao caso de Frederico Pinheiro, o socialista acrescentou ainda que “no passado, em casos análogos, houve um clamor público para que houvesse esclarecimentos do poder político” e agora a reação deve ser a mesma.

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O Observador noticiou que o edifício do ministério foi assaltado durante a madrugada desta quarta-feira, tendo vários gabinetes, incluindo os dos principais responsáveis, sido remexidos. A investigação, a cargo da Divisão de Investigação Criminal da Polícia de Segurança Pública, tenta agora identificar os responsáveis e perceber quais as motivações. Uma das suspeitas é que os ladrões terão entrado pelas janelas do 6º andar, evitando as câmaras de vigilância na entrada do edifício, aproveitando um andaime no edifício contíguo, que está em obras.

Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna foi assaltada. Ladrões remexeram gabinetes e levaram 8 computadores de responsáveis