A Porsche, que anunciou não pretender envolver-se numa guerra de preços — baixando o valor dos seus veículos para os tornar mais acessíveis e, assim, não ter de reduzir as vendas e, no limite, a produção —, optou por retirar 22.500 dólares ao preço do Taycan no mercado norte-americano, o que corresponde a cerca de 20.350€ à cotação actual.

A medida surge numa fase em que a marca alemã regista o volume de vendas mais baixo desde que lançou o Taycan há quatro anos e tem necessidade de escoar as unidades ainda em stock. Sobretudo agora que está pressionada pela chegada da versão de 2025, em que a berlina eléctrica passa a oferecer mais bateria e mais autonomia.

A opção do construtor até se compreende, atendendo a que as vendas do Taycan, no primeiro trimestre de 2024,  caíram para somente 4236 unidades, menos 54% do que no período homólogo de 2023 e um terço do que a marca transaccionou no 4.º trimestre de 2023 (12.744 unidades).

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Isto coincide ainda com uma desaceleração das vendas dos veículos eléctricos na Europa, em parte devido à acção da própria Porsche que, juntamente com os restantes construtores germânicos, intercedeu junto do Governo local para convencer a União Europeia — de que a Alemanha é o maior contribuinte — a aceitar motores de combustão que queimem hidrogénio e gasolina sintética como alternativa às mecânicas 100% eléctricas, opções que até podem ser boas para os lucros das marcas, mas que não são muito interessantes para a saúde de quem habita nas grandes cidades.

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Para já nos EUA, em que a maioria dos clientes recorre ao leasing, a Porsche decidiu tornar o Taycan mais apelativo, tornando-o mais acessível. Para poder oferecer uma prestação mensal mais baixa, de apenas 949 dólares, durante 36 meses e 9829$ de entrada, o construtor alemão teve de retirar 22.500 dólares ao preço do Taycan.