Chegou o clássico dos clássicos. Uma das rivalidades mais antigas da história do futebol. Quis o destino que, logo na terceira jornada da Premier League, Manchester United e Liverpool se encontrassem em Old Trafford. E com um dado inédito a apimentar o desafio: pela primeira vez, os dois clubes são treinados por neerlandeses. Ainda assim, o paradigma era diferente, com Erik ten Hag a colher maiores críticas nuns red devils que perderam ante o Brighton na segunda jornada (2-1). Na nova era dos reds, Arne Slot tem estado bem e leva duas vitórias em dois jogos, sem qualquer golo sofrido.

Na antecâmara desta partida, Manuel Ugarte, que passou pelo futebol português, foi oficializado na turma de Manchester, esperando-se que o uruguaio protegesse mais o setor defensivo. “A seguir ao Manchester City, nós ganhámos mais troféus nos últimos dois anos, então tivemos um desempenho melhor do que qualquer outro. Essa é a realidade, esses são os factos. Este ano, queremos ganhar troféus e estou bastante confiante de que construiremos isso”, salientou Ten Hag na antevisão desta partida.

“Foi um bom início, mas disse depois do jogo contra o Brentford que temos que entender a competição que disputamos. Brentford e Ipswich são dois clubes muito bons. Quero respeitá-los pelo que eles fizeram e nós tivemos muita dificuldade contra eles. Mas não espero que eles estejam entre os seis primeiros, então ainda temos muito a provar. Old Trafford é um dos campos mais difíceis de ter o controlo [do jogo]. E mesmo que tenhas o controlo, eles podem contra-atacar a qualquer momento”, partilhou Slot, que ainda não contou com o reforço Chiesa.

Nas equipas iniciais, o destaque recaiu na presença de três portugueses em campo: Diogo Jota, que chegou aos 50 jogos pelos reds, Diogo Dalot e Bruno Fernandes. O Liverpool entrou melhor na partida e, logo no início, chegou ao golo, mas uma irregularidade de Salah acabou por invalidar o lance (7′). Com uma forte pressão do Liverpool, o Manchester United acabou por borrar a pintura na defesa e Luis Díaz completou a transição rápida da melhor forma (35′). A fechar a primeira parte, Casemiro voltou a falhar e Salah voltou a servir o ex-jogador do FC Porto para o bis (42′). Com uma equipa bem mais madura e trabalhada, o Liverpool saiu para o intervalo a vencer confortavelmente (0-2).

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De forma inevitável, Ten Hag retificou ao intervalo e colocou Toby Collyer no lugar de Casemiro, mas os problemas continuaram e ganharam ainda mais forma quando Salah voltou a aparecer no desafio, desta vez para faturar (56′). O egípcio continuou com a corda toda e desperdiçou o bis logo a seguir (57′ e 58′). Na resposta dos red devils, Zirzkee finalizou para defesa difícil de Alisson (63′) e atirou ao lado (78′). Com os reds a controlarem o jogo a seu belo prazer, as substituições acabaram por baixar o caudal do desafio, mas a vitória estava consumada e o marcador não sofreu mais alterações (0-3). Com este triunfo, o Liverpool colou-se ao Manchester City na liderança da Premier League, com nove pontos em três jornadas.