A ministra da Saúde anunciou esta quarta-feira um aumento dos preços que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) paga pelas ecografias obstétricas, alegando dificuldades em reencaminhar grávidas para o privado devido aos valores baixos convencionados.

“Acabamos de assinar um despacho, no qual temos vindo a trabalhar desde que tomámos posse, que pretende atualizar — e faz parte do plano de emergência — o preço das ecografias obstétricas que, devido a valores muito baixos, estavam a deixar de ter convenções com o SNS”, afirmou Ana Paula Martins.

Em conferência de imprensa para balanço do plano de emergência e transformação da saúde, a governante justificou a “grande urgência” dessa medida com o acentuar das dificuldades, nos últimos meses, em encaminhar as mulheres para fazerem as suas ecografias durante a gravidez no setor privado.

Segundo referiu, o despacho agora assinado aumentou a ecografia obstétrica do primeiro trimestre, que é realizada entre as 11 e as 13 semanas e seis dias de gestação, para 70 euros, mais 55,50 euros.

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Já ecografia do segundo trimestre, também conhecida por morfológica e que deve ser realizada entre as 20 e as 22 semanas, aumenta em 81 euros e passa agora a ser paga a 120 euros.

Quanto à ecografia do terceiro trimestre, idealmente feita entre as 30 e as 32 semanas, passa a ter um valor de 70 euros, um aumento também de 55,50 euros.

Em alguns casos, de acordo com Ana Paula Martins, vai ser obrigatório que o médico que executa o exame tenha a competência em ecografia obstétrica diferenciada.

Esta medida tem um impacto de 3,6 milhões de euros por ano, referiu a ministra da Saúde.