O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou esta quinta-feira, em Pequim, que China e África podem “liderar a revolução das energias renováveis”.

“O notável historial de desenvolvimento da China, em particular na erradicação da pobreza, é uma grande fonte de experiência e conhecimento”, afirmou Guterres, na abertura da cimeira do Fórum de Cooperação China-África, que se realiza na capital chinesa.

“A parceria entre a China e África pode liderar a revolução das energias renováveis“, além de poder também “servir de catalisador para transições essenciais nos sistemas alimentares e na conectividade digital”, acrescentou o português.

Além disso, continuou Guterres, “enquanto sede de algumas das economias mais dinâmicas do mundo, África pode maximizar o potencial do apoio da China em áreas que vão desde o comércio e a gestão de dados até às finanças e à tecnologia”.

A cimeira, a maior reunião diplomática organizada em Pequim desde a pandemia de Covid-19, vai juntar mais de 50 líderes africanos até sexta-feira na capital chinesa, segundo a imprensa estatal do país asiático.

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Em Pequim encontram-se vários líderes de países africanos de língua portuguesa, nomeadamente o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva.

Fora da lista de presenças ficou o Presidente angolano, João Lourenço, apesar da China ser o maior credor do país africano e de Angola ser o maior parceiro económico chinês na África subsariana.

“É tempo de corrigir certas injustiças históricas” em relação a África, referiu Guterres ainda durante o discurso.

“É escandaloso, por exemplo, que o continente africano não tenha um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU”, afirmou.