Chama-se Djibrilo Iafa, tem 32 anos, é conhecido como Tigre, revelou-se agora um verdadeiro leão perante a possibilidade de conquistar uma medalha nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024: o atleta português nascido na Guiné-Bissau não ficou afetado por ter caído para as repescagens e ganhou mesmo o bronze na categoria de -73kg J1 (cegos totais), a primeira na história da modalidade e a sexta da Missão nesta edição que tem a particularidade de ser também a 100.ª de Portugal ao longo de todas as participações desde 1972.

No combate decisivo pela medalha de bronze, muito desgastante em termos físicos para ambos, o atleta português venceu o brasileiro Harlley Pereira Arruda por waza-ari e fez a festa de tal forma efusiva que nem o treinador no Clube Judo Total, Jerónimo Ferreira, se livrou de quase ir ao chão entre os abraços.

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No início da competição, Djibrilo Iafa começou por ganhar ao turco Gokce Yavuz por ippon, seguindo-se a derrota com o alemão Lennart Sass (que ficaria com a outra medalha de bronze) que remeteu o português para a fase de repescagens. Antes do triunfo frente ao brasileiro, o atleta nacional bateu o francês Armindo Rodrigues por ippon, já depois de ver um outro ippon logo no início anulado pelo VAR.

Esta foi a sexta medalha de Portugal nestes Jogos Paralímpicos de Paris, depois dos ouros de Miguel Monteiro (atletismo) e Cristina Gonçalves (boccia), da prata de Sandro Baessa (atletismo) e dos bronzes de Diogo Cancela (natação) e Luís Costa (atletismo). A edição de 2024 vai terminar no próximo domingo.