Uma grávida de 29 anos foi obrigada a percorrer mais de 250 quilómetros e passar por três hospitais diferentes para ser atendida, avançou a SIC Notícias. No final, acabou por ficar internada no Hospital de Santiago do Cacém, o primeiro por onde tinha passado nove horas antes.

Na quarta-feira, a mulher, com uma gravidez de risco, saiu de casa após o almoço porque tinha tido uma hemorragia e estava a sofrer com dores. Deslocou-se ao Hospital de Santiago do Cacém que, sem serviço de obstetrícia e ginecologia, a encaminhou para o Hospital de Setúbal.

Pelas 16h00 os bombeiros do Cercal do Alentejo foram então acionados e iniciaram a primeira viagem. Passado pouco mais de uma hora, e depois de percorrerem 109 quilómetros, foram informados que o serviço para onde seguiam estava, afinal, fechado por falta de médicos.

Segundo a SIC Notícias, a administração do Hospital de Santiago do Cacém admitiu que aquela unidade fez o encaminhamento para o hospital mais próximo sem antes verificar a disponibilidade do serviço de obstetrícia e ginecologia.

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O Hospital Garcia de Orta, em Almada, foi depois contactado, mas não conseguia também receber a jovem. O próximo destino foi Beja, onde a grávida acabou por ser atendida às 21h00, depois de uma viagem de 142 quilómetros, e recebeu por fim os cuidados médicos.

Ainda em Beja, a médica decidiu que não havia necessidade de a jovem ficar li hospitalizada. Seguiu-se por isso mais uma viagem de uma hora, e mais 100 quilómetros percorridos, até ao Hospital de Santiago do Cacém, o primeiro da história. Aí acabou por ficar internada, tendo tido alta no dia seguinte.

Face ao erro, admitido pela administração do Hospital de Santiago do Cacém, foi aberto um processo de averiguação para apurar responsabilidades.