O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, anunciou, este domingo, que vai requerer com carácter de urgência a audição da ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, e das duas antigas ministras daquela tutela nos governos de António Costa, Catarina Sarmento e Castro e Francisca Van Dunem.

O objetivo dos liberais é que a ministra e as antigas governantes prestem “esclarecimento adicionais” sobre a fuga de cinco reclusos do estabelecimento prisional do Vale de Judeus. Numa conferência de imprensa transmitida pelas televisões, Rui Rocha salientou que os “portugueses querem mais explicações”, recordando os “perfis violentos” dos homens que conseguiram escapar da prisão de alta de segurança em Alcoentre.

Para além de Rita Alarcão Júdice e das ex-ministras, Rui Rocha sinalizou que os liberais vão querer ouvir no Parlamento o diretor da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rui Abrunhosa Gonçalves, o presidente do sindicato nacional do corpo da guarda prisional, Frederico Morais, o presidente da associação sindical das chefias da guarda prisional, Hermínio Barradas, e ainda o presidente do sindicato da guarda prisional independente.

Adicionalmente, Rui Rocha mantém a intenção de realizar um debate de urgência sobre “o estado do Estado num conjunto de serviços públicos que não estão a funcionar”.

Considerando que as circunstâncias da fuga até agora conhecidas “parecem perturbadoras”, o presidente da IL disse que, mais do que apontar o dedo à governação atual ou anterior, importa “esclarecer o que correu mal e o que se pode fazer no sentido de assegurar que, no futuro, este tipo de situações não aconteça”.

Ainda assim, Rui Rocha considerou que Rui Abrunhosa não reúne condições para se manter no cargo de diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais por entender que “quem tem a responsabilidade máxima dos serviços prisionais deve, neste momento, fazer uma reflexão”.

“Quando alguma coisa não corre bem, creio que, muitas vezes, para restaurar a confiança dos cidadãos, o primeiro passo é que o responsável deixe o seu lugar livre para que se possam tomar decisões”, acrescentou.

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