Ekkapol Chantawong passou quase três semanas debaixo de terra em 2018: treinava uma equipa de 12 jovens futebolistas e todos ficaram presos durante 17 dias numa gruta, na Tailândia. Seis anos depois, partilhou a história de como voltou a ficar encurralado, desta vez no telhado da sua própria casa, para fugir às inundações causadas pelo passagem do tufão Yagi no país asiático.
“Estava assustado, mas disse a mim próprio que tinha de estar calmo. Esperar e avaliar a situação”, afirmou o tailandês, citado pelo The Guardian. Aplicou as lições que retirou da provação que viveu em 2018, desta vez com a própria família, após as águas das cheias subirem repentinamente na sua aldeia na terça-feira de manhã, deixando os moradores da casa sem tempo para fugir.
“Primeiro, temos de nos concentrar e começar a resolver o problema que estamos a enfrentar”, afirmou, revelando que após as águas recuarem, conseguiu chegar ao rés do chão da habitação com a família, onde aguardaram até que os efeitos da catástrofe natural amenizassem para que fosse seguro sair.
Quem são os 12 jovens futebolistas resgatados da gruta da Tailândia
Questionado sobre se conseguia imaginar uma terceira experiência do género, Ekkapol reagiu com bom humor: “É difícil dizer. Não podemos dizer o que vai acontecer, mas espero não ter de voltar a subir ao telhado esta noite.”
Em 2018, o resgate dos jovens e treinador do clube tailandês Wild Boars esteve na linha da frente da atenção mediática internacional. Depois de ficarem presos numa gruta, num acidente, os 12 jovens entre os 11 e os 16 anos e o seu treinador passaram nove dias sem que se soubesse se estavam vivos ou mortos.
Após a notícia de que estavam todos a salvo, passaram mais 13 dias sem que as equipas de resgate conseguissem dar início ao resgate sem colocar em risco a sua integridade física. Depois de três dias de operações de resgate intensas, foram todos retirados com vida.