Qual a preferência do Papa Francisco para as eleições americanas? O líder da Igreja católica não diz, mas descreve que a escolha que os eleitores norte-americanos têm de fazer no próximo dia 5 de novembro na eleição presidencial é “entre o menor de dois males”.

Durante a habitual conversa com os jornalistas no avião papal, quando regressava da viagem à Ásia, Francisco apontou as políticas anti-imigrantes de Donald Trump e o apoio da vice-presidente Kamala Harris ao aborto, como sendo ambas “contra a vida”. Por isso, segundo o Papa, “cada um, em consciência, deve refletir sobre isso e fazer sua escolha”.

“Deve-se escolher o menor de dois males. Qual é o menor de dois males? Aquela senhora ou aquele senhor? Eu não sei”, concluiu Francisco sobre o tema das eleições norte-americanas.

Contudo, o bispo de Roma abordou outros temas da política internacional, destacando o seu telefonema diário para o pároco da única paróquia católica na Faixa de Gaza. “A guerra é sempre uma derrota”, afirmou, lamentando que, nesta comunidade no enclave palestiniano só tenham sobrevivido 600 pessoas aos meses de ataques israelitas. Francisco ainda falou sobre a Venezuela — “as ditaduras acabam sempre mal”, argumentou o sul-americano –, a pena de morte, considerando que devia ser eliminada, e o papel da China.

“Estou feliz com os diálogos com a China, o resultado é bom. Estamos a trabalhar na nomeação de bispos”, afirmou, negando que haja, por agora, planos para visitar o país. “Gostava de visitar a China, é um grande país, admiro e respeito a China, é um país com uma cultura milenar, uma capacidade para o diálogo e uma capacidade de compreensão. Acredito que a China é uma promessa e uma esperança para a Igreja”, rematou.

O Sumo Pontífice declarou ainda inequivocamente que não vai a Paris em dezembro para a reabertura da catedral de Notre Dame, recusando o convite do Arcebispo de Paris e das autoridades francesas. Em vez disso, expressou vontade de visitar o seu país natal, a Argentina, e de se deslocar às Canárias.

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