Luís Montenegro já reagiu publicamente ao desafio de Pedro Nuno Santos. Na sessão de enceramento da VII Cimeira do Turismo Português, o primeiro-ministro foi taxativo: “Quem governa é o Governo. Vamos esgotar todas as possibilidades para evitarmos a instabilidade política. Mas não abdicaremos da nossa política económica”.

“Não penso no IRC para ter receita. Penso no IRC para que as empresas criem riqueza para pagar melhores salários e investir em desenvolvimento. É uma pedra angular da nossa política económica”, insistiu.

Sem se referir em concreto ao IRS Jovem, o primeiro-ministro sugeriu que não vai abdicar da redução dos impostos para os mais jovens. “Acredito que se retirarmos carga fiscal à população que se encontra em idade ativa e que está a fugir, podemos ter uma economia mais competitiva, mais pujante, com empresas a crescer, a pagar melhores salários e a disponibilizar parte dos seus lucros para o reinvestimento”, disse.

“Não direi nada que prejudique a nossa total disponibilidade para termos um Orçamento do Estado. A proposta que me foi endereçada pelo PS é efetivamente uma proposta radical e inflexível”, acrescentou Montenegro.

Apesar de tudo, Montenegro promete “extrair” o essencial da proposta do PS para aproximar posições. “Na próxima semana entregaremos uma contraproposta ao PS. Do nosso lado, não há radicalismo, nem inflexibilidade.”

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