Em notas à imprensa enviadas pela Presidência da República e pelo gabinete do primeiro-ministro, indica-se que Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro estarão acompanhados pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, da Ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e do secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Ribeiro.

A comitiva sobrevoará as áreas ardidas de helicóptero e parará em Baião (distrito do Porto), Vila Pouca de Aguiar (distrito de Vila Real) e Sever do Vouga (distrito de Aveiro).

A primeira paragem será em Baião, pelas 10:25, seguindo o chefe de Estado e os membros do Governo para o Miradouro da Portela do Gôve, onde visitará zonas ardidas e contactará com moradores e residentes atingidos pelos incêndios.

Cerca de uma hora depois, o helicóptero aterrará em Vila Pouca de Aguiar, estando previstas declarações à população no lugar de Zimão, freguesia de Telões.

O último ponto da agenda conjunta entre o chefe de Estado e o chefe do Governo será em Sever do Vouga, onde haverá uma reunião com os presidentes das Câmaras Municipais afetadas pelos incêndios.

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Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos.

Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da última década, segundo o sistema europeu Copernicus.

No Conselho de Ministros de quinta-feira foram aprovados diplomas que concretizam medidas avançadas pelo grupo de trabalho multidisciplinar coordenado pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial para garantir “apoio imediato às famílias, recuperação de habitações, apoio à retoma das empresas, a assistência a agricultores, restabelecimento das florestas, reparação de infraestruturas e equipamentos e a reposição de equipamentos sinistrados”.

Entre outras medidas, o Governo anunciou que vai financiar a 100% até ao limite de 150 mil euros a reconstrução e reabilitação de casas de primeira habitação afetadas pelos incêndios, um subsídio especial para compensar prejuízos agrícolas provocados pelos incêndios deste mês, até ao valor de 6.000 euros, e a criação de uma linha de apoio à tesouraria e à reconstrução de fábricas,

Foi também aprovado um regime excecional de contratação de empreitadas de obras públicas para conciliar “a celeridade procedimental exigida pela gravidade dos danos causados, com a defesa dos interesses do Estado e a rigorosa transparência na afetação de fundos públicos”.

Este domingo, o Governo anunciou um aumento de 25% do valor diário pago aos bombeiros voluntários afetos ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) que combateram os fogos rurais entre os dias 15 e 19 deste mês.