Uma mensagem falsa difundida nas redes sociais em agosto, e partilhada pelo Chega, sobre a alegada presença de uma frota ilegal de navios pesqueiros da China a sul da ilha das Flores, nos Açores, custou às Forças Armadas mais de 45 mil euros, noticiou o Expresso. Para verificar a situação, foi mobilizada uma aeronave P3 Orion durante sete horas.
A 21 de agosto, José Paulo Sousa, deputado do Chega Açores, denunciou nas redes sociais “uma situação alarmante” que, alegadamente, se desenrolava ao largo dos Açores. Dezasseis embarcações de bandeira chinesa estariam a operar na Zona Económica Exclusiva (ZEE), o que levantava “questões graves sobre a gestão e a soberania dos nossos recursos marítimos”, lê-se na publicação no Instagram.
Após o alerta, o Centro de Operações Marítimas deu início ao processo de análise de dados, desencadeando uma operação com uma aeronave que, durante sete horas, percorreu 1.750 milhas náuticas. O Bloco de Esquerda entretanto questionou o Ministério da Defesa Nacional que respondeu que a verificação da falsa informação custou às Forças Armadas mais de 45 mil euros.
“A Marinha resume os custos em 315 euros, enquanto a Força Aérea estima o custo de operação em 6.438,09 euros por hora, o que totaliza 45.066,63 euros”, lê-se na nota do Ministério.
Um dia depois do alerta, o Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) confirmou que se tratava de um caso de falsificação de dados do Sistema de Identificação Automática.