Um juiz federal dos EUA ordenou na segunda-feira à Google que elimine as paredes digitais que protegem a sua loja de aplicações Android da concorrência, como punição por manter um monopólio ilegal que ajuda a expandir o seu império na internet.

A decisão, emitida pelo juiz James Donato, impõe à Google que faça várias mudanças, incluindo a distribuição pela sua playstore para aplicações Android de lojas com aplicações de empresas rivais, para que os consumidores possam descarregá-las para os seus telemóveis, se o desejarem.

De acordo com a agência Reuters, a justiça norte-americana determinou que, durante três anos, a Google não pode proibir que os utilizadores descarreguem plataformas ou lojas de aplicações Android de empresas concorrentes. Por outro lado, a tecnológica ficou impedida de efetuar pagamentos aos fabricantes de smartphones ou computadores para pré-instalarem a sua lojas de aplicações.

Donato deu à Google um prazo de até novembro para cumprir a sua ordem.  A empresa insistiu em que precisa de 12 a 16 meses para desenhar as salvaguardas necessárias para reduzir a possibilidade de programas informáticos maliciosos infetarem milhões de telemóveis e outros aparelhos móveis.

A Google disse que vai solicitar a suspensão da decisão e recorrer da mesma. “Em última análise, embora estas alterações satisfaçam presumivelmente a Epic, causarão uma série de consequências indesejadas que prejudicarão os consumidores americanos, os programadores e os fabricantes de dispositivos”, afirmou a tecnológica.

A decisão de James Donato foi tomada no âmbito de um processo movido pela Epic Games, criadora do Fortine, que já no ano passado tinha vencido um veredito de um júri norte-americano que considerou que a loja de aplicações da Google funcionava como um monopólio ilegal.

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