A primeira vez que Elon Musk fez alusão a um veículo pensado para o transporte de um grupo mais generoso de pessoas, que não fosse possível acomodar com a necessária dose de conforto dentro de um automóvel ou de um SUV convencionais, foi durante a apresentação da Boring Company, empresa que se propõe construir túneis por debaixo de grandes cidades, onde o trânsito é mais caótico. Esta espécie de monovolume cruzado com furgão serviria para deslocar de forma autónoma os passageiros através da rede de túneis, tornando-a mais rápida e competitiva face aos autocarros e táxis à superfície. Agora, durante o evento “We, Robot”, a Tesla revelou o Robovan, substancialmente maior do que o previsto para aumentar a sua versatilidade.
O Robovan surpreende pelas formas futuristas, com Musk a defender que não há que temer desenhar veículos modernos com linhas mais ousadas. O aspecto é o que podíamos esperar de um autocarro de um daqueles filmes de ficção cuja acção tem lugar em 2050. De acordo com a Tesla, o novo monovolume/mini-autocarro eléctrico terá capacidade para alojar no seu interior até 20 passageiros e certamente possuirá a altura e largura necessárias para circular através dos túneis da Boring Company, como os que existem sob Las Vegas, podendo igualmente trocar os passageiros por carga, caso seja necessário.
Com o intuito de tornar o Robovan mais versátil, a Tesla explorou outras possibilidades para dar uso ao volume interior do modelo. Uma delas, que pode ver abaixo, é a conversão do veículo em food truck, não sendo necessária muita imaginação para conceber, por exemplo, uma versão motor-home, para as férias em família, mesmo as mais numerosas.
Mas a Tesla não conta apenas com o estilo para atrair clientes, uma vez que, segundo o construtor, o custo do transporte de um passageiro em autocarro nos EUA ronda 1 dólar por milha (cerca de 0,57 €/km), antes dos incentivos governamentais, valor que cai consideravelmente para 0,20$/milha com o Cybercab. Mas sempre de acordo com as previsões da marca, o Robovan pode reduzir ainda mais os custos do transporte para apenas 5 a 10 cêntimos/milha. E, a confirmar-se esta vantagem, não só não vão faltar interessados no Robovan, como não irão faltar construtores a pretender disputar uma fatia deste novo mercado.