A Igreja Católica vai assinalar, entre 3 e 11 de novembro, a Semana de Oração pelos Seminários, com o episcopado a reconhecer que se vive um tempo de menos candidatos ao sacerdócio e menos seminários.

“Que posso eu esperar?” é o lema da Semana de Oração, com a Comissão Episcopal Vocações e Ministérios (CEVM) a que as comunidades católicas deem “atenção a uma parcela da Igreja que é imagem de um tempo e de uma nova realidade”.

“Não é novidade para ninguém que há menos candidatos ao sacerdócio, menos seminaristas, menos seminários”, reconhece o presidente da CEVM, o bispo Vitorino Soares, defendendo a necessidade de um esforço no sentido do aumento do número de candidatos à vida eclesial.

Para o bispo auxiliar do Porto, é necessário empenho “para que a Esperança traga mais vocações sacerdotais” e avança o desafio de “explorar novos formatos, novos acompanhamentos, novas possibilidades” na formação dos seminaristas em Portugal, ao mesmo tempo que apela ao combate ao desânimo.

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“Se não esperamos nada, continuamos amarrados ao desânimo e à derrota. Tal estado impede de nos levantarmos e sobretudo não permite que muitos outros jovens queiram fazer a experiência de Seminário e encontrar no sacerdócio, o seu futuro e a sua esperança”, acrescenta Vitorino Soares na nota pastoral difundida a propósito da Semana de Oração pelos Seminários.

A questão das vocações religiosas tem estado no centro das preocupações da CEVM, que já este ano emitira uma nota pastoral onde defendia que a mesma devia estar no centro das discussões do dia a dia, retirando-lhe o cariz de “tabu”.

Nesse documento, emitido a propósito do Dia Mundial de Oração pelas Vocações, em abril, Vitorino Soares defendia que “assinalar a data não é só dar importância ao assunto, não é só reforçar a necessidade da oração para esta causa, mas é sobretudo um alerta e um despertar para a realidade das vocações na vida da Igreja”.

“A prioridade é trazer a questão para o nosso dia-a-dia, para as nossas conversas, para as nossas catequeses, para as nossas celebrações, para a nossa pastoral”, pois esta “não pode ser matéria tabu, ou apenas da exclusividade de alguns”.