Começaram a apresentar pedidos de indemnização depois do documentário Al-Fayed: PredatorAt Harrods (Al- Fayed: Predador no Harrods), ser lançado pela BBC há quatro semanas. Atualmente contam-se mais de 250 mulheres que alegam ter sido vítimas de abuso sexual por parte de Mohamed Al Fayed, e que estão incluidas no processo de indemnização da empresa. Os proprietários dos famosos armazéns londrinos sublinham que já “resolveram uma série de queixas diretamente com as mulheres desde o ano passado”, avança o The Guardian.

Liderado muitos anos por Al-Fayed, o pai de Dodi, namorado da princesa Diana, a administração do Harrods mostrou-se chocada aquando da divulgação dos diversos casos de abusos sexuais que apontam o dedo ao magnata egípcio.

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Apesar de o Harrods se recusar a um “comentário contínuo” acerca da investigação interna, deixa claro que o processo de compensações começou em 2023, ainda antes da emissão do documentário que apresenta cinco testemunhos. Agora o número subiu para mais de duas centenas e meia disse a empresa nesta segunda-feira.

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Entre as alegações que visam o antigo proprietário do Harrods está a de Ronnie Gibbons, ex-capitã do Fulham, clube do qual Al Fayed foi dono no ano de 2000. A jogadora diz ter sido beijada à força e apalpada, relatando ainda que por duas vezes foi presa num quarto pelo magnata.

Já em outubro, o Justice For Harrods Survivers, grupo defensor das mulheres abusadas, referiu que o número de vítimas que se sentem seguras para apresentar os seus testemunhos está “a aumentar diariamente”. Ainda na semana passada a MetropolitanPolice e a BBC davam conta de mais 105 queixas desde que a polícia apelou a eventuais vítimas que apresentassem os seus depoimentos.

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Para apurar os contornos do escândalo sexual a envolver o bilionário que morreu aos 94 anos em 2023, a Scotland Yard declarou no sábado que está a avançar com uma revisão “detalhada e completa” do caso. Mas a polícia já avisou que não pode condenar um homem morto.