O PAN criticou esta quarta-feira o Governo pelo que diz ser a ausência de apoio financeiro à proteção animal na proposta orçamental para 2025, lançando uma campanha onde exorta o primeiro-ministro a “pagar o que deve aos animais”.

O Pessoas-Animais-Natureza instalou esta terça-feira, dia de arranque do debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2025, um ‘outdoor’ junto à Assembleia da República, em Lisboa, com a mensagem “Montenegro paga o que deves aos animais”.

Segundo o PAN, falhou a execução de verbas previstas no Orçamento de Estado para este ano, e faltam estes apoios na nova proposta orçamental que vai esta quarta-feira a debate em plenário.

Em comunicado, a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real sublinha que a sobrevivência das instituições que protegem os direitos dos animais “está a ser posta em causa, porque este Executivo, liderado por Luís Montenegro, além de não pagar o que deve, executando a verba, não prevê qualquer apoio financeiro para a causa animal no OE 2025″.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O Governo tem uma dívida de 13 milhões de euros para com a causa animal, uma vez que continua por executar a verba prevista no OE para 2024 destinada a apoiar financeiramente as instituições e associações que, dia após dias, defende os direitos dos animais”, afirma Sousa Real.

Além de querer ver o Governo “assumir o compromisso de saldar as suas dívidas”, o PAN quer ainda que seja desenvolvida pelo executivo uma estratégia nacional de proteção dos direitos dos animais, através do reforço das políticas de bem-estar animal.

A alegada falta de verbas para a proteção animal — apontada pelo PAN como uma das principais justificações do partido ao voto contra a proposta orçamental para 2025 — já foi rejeitada pelo ministro da Agricultura que garantiu que a dotação orçamental para o bem estar animal será reforçada no Orçamento do Estado de 2025, com um montante estimado em quase 500.000 euros.

De acordo com o ministro, há verbas previstas na dotação global do Ministério da Agricultura, mas também no Ministério das Finanças, embora não constem no articulado da proposta de lei apresentada na semana passada, à semelhança de outros investimentos.