Em atualização

Acompanhe as últimas notícias sobre a situação em Valência no nosso liveblog

As autoridades espanholas reconheceram esta quinta-feira que ainda permanecem “dezenas e dezenas” de pessoas desaparecidas no sudeste de Espanha, 48 horas depois das dramáticas inundações que já provocaram pelo menos 158 mortos. Esta é a primeira vez que as autoridades espanholas fornecem uma possível estimativa do número de pessoas desaparecidas na sequência da intempérie, já classificada como uma das catástrofes naturais mais graves dos últimos 75 anos em Espanha.

Temos já 155 mortos na região de Valência, dois em Castela-La Mancha e outro na Andaluzia, num total de 158 pessoas, a que se juntam dezenas e dezenas de desaparecidos”, disse o ministro da Política Territorial, Ángel Víctor Torres, durante uma conferência de imprensa.

Perante este cenário, o Governo decidiu enviar para a Comunidade Valenciana mais 500 militares da Unidade Militar de Emergência (UME) que se vão juntar aos 1.200 militares desta unidade especializada já mobilizados na zona.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O anúncio de Ángel Víctor Torres foi feito após uma reunião do Comité de Crise realizada sob a presidência do chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, que ratificou a mobilização de tropas, bem como de agentes de várias agências nacionais e regionais.

Na conferência de imprensa, o ministro recordou ainda que estão já 1.800 polícias nacionais nas zonas afetadas, para além de 750 guardas civis que contarão com o apoio de outros 280, acrescentando que está previsto o alargamento do destacamento da Unidade de Emergência Militar, nomeadamente para distribuir ajuda e abrir estradas e assim chegar “a todos os recantos da zona do desastre”.

O Governo espanhol responde assim a um pedido formulado pelo presidente da região valenciana, Carlos Mazón. Torres informou ainda que 39 pessoas foram detidas e que, “perante os saques e crimes”, as forças de segurança demonstrariam “firmeza absoluta”.