Um condutor de 62 anos na China atropelou, com um SUV, uma multidão de pessoas que fazia exercício físico à porta de um estádio em Zhuhai. Provocou a morte a pelo menos 35 pessoas e ferimentos a cerca de outras 4o, no incidente que decorreu na noite desta segunda-feira.

Depois de ter galgado as barreiras que rodeavam o edifício e ter entrando no Centro Desportivo de .ç, o condutor atingiu vários civis, informou a polícia local em comunicado, citada pela BBC. O suspeito foi detido enquanto tentava fugir e está atualmente em coma devido a ferimentos autoinfligidos.

Uma investigação preliminar revela que o condutor estaria insatisfeito com um acordo de propriedade após o seu divórcio e que o incidente terá sido motivado pelo estado mental em que se encontrava.

Nas redes sociais, circulam diversos vídeos captados após o atropelamento. A maioria já foi apagada das redes sociais chinesas, por força da censura no país, mas algumas imagens que ainda circulam online mostram muitas pessoas deitadas no chão e a serem assistidas por paramédicos e transeuntes, bem como as autoridades a chegar ao local. Também a maioria dos artigos difundidos pela imprensa chinesa sobre o incidente foram entretanto removidos dos sites.

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Os censores chineses têm um cuidado redobrado em apagar notícias negativas das redes sociais antes e durante os grandes eventos e a cidade de Zhuhai recebe esta semana o principal salão aeronáutico do país, onde vai estar presente o secretário do Conselho de Segurança russo, Sergei Shoigu, e que serve para apresentar os últimos desenvolvimentos da indústria aeronáutica chinesa, a nível militar e civil.

O centro desportivo do distrito de Xiangzhou atrai regularmente centenas de residentes que podem correr na pista de atletismo, jogar futebol e dançar. Na sequência do incidente, o centro anunciou o seu encerramento até nova ordem.

“Não falem japonês em público”. Embaixada do Japão na China deixa apelo aos cidadãos a residir no país depois de ataque

Esta terça-feira, de acordo com a AFP, a embaixada do Japão na China alertou os seus cidadãos para estarem em alerta máximo e não falarem alto em japonês, depois do ataque com carro na cidade de Zhuhai.

A embaixada disse não ter informações de que quaisquer cidadãos japoneses estivessem envolvidos, mas observou que houve recentemente uma série de outros ataques na China. Os japoneses residentes na China devem “respeitar os costumes locais, estar atentos ao ambiente e estar atentos ao que fazem e dizem quando interagem com o povo chinês”, afirmou. Devem ainda “abster-se de sair sozinhos durante a noite” e, mesmo durante o dia, evitar “falar alto em japonês e evitar comportamentos provocatórios e que chamem a atenção, como falar alto em grupo”.

Quando saem, devem “prestar muita atenção ao que está à sua volta e estar em alerta máximo em locais movimentados, como praças”. Tóquio tem expressado recentes preocupações sobre a segurança dos seus cidadãos na China, depois de um estudante japonês ter sido mortalmente esfaqueado na vizinha Shenzhen, em setembro.

A China tem assistido a uma série de ataques violentos contra civis nos últimos meses. Em outubro, um ataque com faca numa escola em Pequim feriu cinco pessoas, enquanto em setembro um homem esfaqueou um supermercado em Xangai, matando três pessoas e ferindo várias outras.