“Liberdade em Construção”, no ano em que se comemora o cinquentenário do 25 de Abril, é o mote para a sétima edição do Festival de Filosofia de Abrantes, entre os dias 21 e 23 de novembro, anunciou a autarquia.
“No ano em que se comemoram os cinquenta anos do 25 de Abril, o Festival de Filosofia abre caminho para o pensamento, a arte de questionar e o debate em praça aberta para todos”, refere, em comunicado, o município de Abrantes (Santarém), tendo indicado que o evento será composto por seis painéis de oradores de áreas diversas, em sessões que vão contar com moderadores no papel de “provocadores”, distribuídos ao longo dos três dias.
Em declarações à Lusa, o vereador da Cultura do município de Abrantes, Luís Correia Dias, disse esta terça-feira que “a filosofia, tal como a liberdade, tem de ser construída todos os dias, não só nas nossas escolas mas também nas nossas casas, nos equipamento culturais e na comunicação social (…)”, tendo defendido que “a possibilidade de participar é a possibilidade de agir, através das palavras e da argumentação, e não cingirmo-nos ao pensamento dos outros” cidadãos.
“É importante questionar todos os dias porque isso é um verdadeiro ato de liberdade”, afirmou Luís Correia Dias, para quem o festival se configura como um contributo para a atitude.
Centrado na Biblioteca Municipal António Botto, o Festival de Filosofia de Abrantes inicia-se no dia 21 de novembro, às 14h30, com a intervenção do presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, e de Ana Gomes, ex-embaixadora de Portugal e eurodeputada, que terá a cargo a conferência de abertura, com o historiador José Pacheco Pereira a encerrar os trabalhos no dia 23 de novembro.
A sétima edição do festival de filosofia inclui ainda uma assembleia com alunos de escolas do concelho, denominada “Assembleia da Liberdade — eu penso, eu participo”, no primeiro dia, tendo José Rosa como convidado e Joana Rita Sousa como moderadora, função que a organização denomina este ano como de “provocadores” do debate e discussão.
Ainda no dia 21 terá lugar o painel “Liberdade: O poder das palavras”, com as conferencistas Inês Pedrosa, Sara Belo Luís, Teresa Calçada e o “provocador” Pedro Vieira.
Após a conversa, a poeta Alice Neto de Sousa encerrará o primeiro dia de trabalhos, com a performance poética “Chuvas de Março”.
O segundo dia do festival irá iniciar-se com o painel “Liberdade sem preconceitos”, com as conferencistas Cláudia Lucas Chéu, Daniela Nascimento e Raquel Varela, sendo o “provocador convidado” Nelson de Carvalho, ex-autarca e professor de filosofia.
Segue-se “Somos livres de ‘voar'”, que contará com Bruno Ferreira Costa como “provocador”, e Adriana Cardoso, Liliana Borges e Maria Castello Branco no papel de conferencistas.
A noite de sexta-feira, 22 de novembro, contará com o momento musical “Cantar a liberdade”, protagonizado pelos músicos Joana Cota e João Vaz.
O último dia do Festival de Filosofia de Abrantes começará com a atividade “Liberdade e arte”, uma sessão de filosofia para famílias orientada por Joana Rita Sousa, “filósofa e perguntóloga”.
O penúltimo painel, “A arte no caminho da liberdade”, contará com os conferencistas Benjamim (Luís Nunes), Gisela Casimiro, Nuno Artur Silva e Nuno Nunes-Ferreira, tendo António Pinto Ribeiro como agente “provocador”.
Após um “brinde à liberdade”, a cargo da ‘chef’ abrantina Célia dos Santos, realizar-se-á o último painel, “Pensar a liberdade”, com os convidados Anabela Mota Ribeiro, André Barata e António de Castro Caeiro, sendo Mário Pissarra, professor e filófoso, o “provocador” da sessão.
A conferência de encerramento da sétima edição do Festival será proferida por José Pacheco Pereira, historiador, professor, político e cronista.
No ano em que se comemoram os cinquenta anos do 25 de Abril, o Festival de Filosofia de Abrantes inclui uma Feira do Livro de Filosofia, a decorrer entre os dias 19 e 25 de novembro, na Biblioteca Municipal António Botto.