A oposição russa a Vladimir Putin reuniu-se este domingo em Berlim numa marcha “anti-guerra”, convocada pelos opositores russos no exílio, liderados por Yulia Navalnaya, viúva de Alexei Navalny.

“A marcha tem como objetivo reunir todos aqueles que se opõem à guerra de Vladimir Putin na Ucrânia e à repressão política na Rússia”, revelaram os organizadores em comunicado, acrescentando que o protesto exige a “retirada imediata” das tropas russas da Ucrânia, a demissão do Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu julgamento como “criminoso de guerra”.

Ao som dos gritos “Não à guerra” ou “Rússia sem Putin”, a marcha foi liderada por Yulia Navalnaya, Ilya Yashin  — um antigo deputado municipal de Moscovo recentemente libertado da prisão — e Vladimir Kara-Murza, um crítico do Kremlin que sobreviveu à prisão e a duas tentativas de envenenamento.

Ilya Yashin e Vladimir Kara-Murza, presos após o início de guerra da Ucrânia,  foram libertados na prisão a 1 de agosto, numa troca de prisioneiros histórica entre a Rússia e o Ocidente.

Os organizadores estimam que cerca de duas mil pessoas tenham participado nesta marcha.

A oposição, que perdeu a sua figura de proa, Alexei Navalny, que morreu em fevereiro em circunstâncias obscuras na prisão, está privada de meios para agir na Rússia e, portanto, forçada a relançar o movimento a partir do estrangeiro.

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