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Pelo menos 111 pessoas morreram devido a contínuos ataques levados a cabo pelo exército de Israel no domingo em várias zonas da Faixa de Gaza, especialmente no norte do enclave, de acordo com um novo balanço.
Fontes locais disseram à agência de notícias WAFA que os bombardeamentos mais violentos ocorreram no centro e no norte de Gaza, com um total de dez ataques em que o exército utilizou toneladas de explosivos contra edifícios residenciais, escolas e refúgios para pessoas deslocadas.
Das 111 vítimas mortais, 72 morreram no campo de refugiados de Al Shati, na cidade de Gaza, e em Beit Lahia, no norte do território.
Um balanço inicial apontava para pelo menos 56 mortes.
A WAFA relatou também ataques no leste de Deir Al Balah, um campo de refugiados localizado no centro da Faixa de Gaza, onde pelo menos duas pessoas foram mortas e várias ficaram feridas.
Por outro lado, no oeste da cidade de Rafah, no sul do enclave, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) bombardearam vários edifícios residenciais, causando feridos.
Os ataques de Israel a Gaza foram desencadeado por um ataque surpresa lançado em 7 de outubro de 2023 pelo movimento islamita palestiniano Hamas.
Este ataque causou a morte de 1.206 pessoas do lado israelita, na sua maioria civis, segundo uma contagem da agência de notícias France-Presse, baseada em números oficiais e incluindo os reféns que morreram em cativeiro na Faixa de Gaza.
Cerca de 43.800 palestinianos morreram durante a campanha militar de retaliação de Israel na Faixa de Gaza, a maioria dos quais civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas para Gaza, considerados fiáveis pela ONU.
Gaza vive uma profunda crise humanitária, com escassez de bens básicos como comida. Em resultado, são cada vez mais comuns os saques de caravanas que transportam bens essenciais.
A ONU informou na quinta-feira que 14 dos 20 camiões que as suas agências fizeram entrar através do recém-inaugurado cruzamento de Kisufim, também no sul, “foram alvejados e saqueados” por grupos armados locais.
Em outubro, apenas 990 camiões com ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza, quando antes da guerra a média diária era de cerca de 500, número que já era considerado insuficiente pelas organizações internacionais.
Na “zona humanitária” que abarca o oeste de Khan Yunis e o centro de Deir al Balah, bem como a costa de Al Mawasi, mais a sul, — para a qual o exército israelita dirigiu os quase dois milhões de deslocados de Gaza, que ali estão amontoados em tendas em condições humanitárias precárias — tem sido objeto de numerosos ataques por parte das IDF sob o pretexto de que existem milicianos e armas aí escondidos, como também aconteceu em hospitais e escolas.