Morreu Paulo Alexandre, pseudónimo pelo qual era conhecido Modesto Pereira da Silva Santos, o cantor conhecido pela música “Verde Vinho” (lançada em 1977). O cantor, que foi também locutor de rádio, morreu esta segunda-feira, confirmou o filho do artista, Alexandre Santos, nas redes sociais.

Paulo Alexandre era um cantor português reconhecido especialmente pelo sucesso de “Verde Vinho”, que era uma tradução e adaptação da canção austríaca “Griechischer Wein”, de Udo Jürgens (1974).

“Hoje, com o coração apertado, venho compartilhar uma notícia que nunca imaginei precisar escrever. O meu querido pai, de nome artístico Paulo Alexandre, deixou-nos ontem de madrugada”, escreveu o filho do cantor no Facebook. “Mais do que um artista de talento único, ele foi um ser humano extraordinário, cheio de amor, sabedoria e uma paixão contagiante pela música e pela vida”, acrescentou.

Nascido em Vouzela, em 1931, Paulo Alexandre mudou-se para Lisboa cedo na vida, iniciando a carreira radiofónica na Emissora Nacional em 1954.

“Pouco depois integra o quarteto vocal 4 de Espadas, com Américo Lima, Fernando La Rua e Nuno d’Almeida. Curiosamente, os primeiros passos discográficos tanto em nome próprio como do grupo têm lugar no mesmo ano de 1959. Um EP com quatro composições de [maestro e compositor] Belo Marques, todas elas dedicadas a Lisboa, e com direção de orquestra de João Nobre marca assim o pontapé de saída de uma carreira longa”, escreveu o investigador João Carlos Callixto, num texto para o programa “Gramofone”.

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“Verde Vinho”, de 1977, alcançou dois discos de ouro e sucesso também no Brasil, de tal forma que até originou um filme, de 1981, que o próprio protagonizou.

Produtor e locutor de rádio, trabalhou também para a televisão. “Homem de múltiplas facetas, conciliou a vida artística com uma distinta carreira como bancário, culminando na Direção do Departamento de Relações Internacionais do Banco Pinto & Sotto Mayor”, acrescentou a Servilusa, que lembrou que Alexandre se despediu dos palcos em 2000.

De acordo com comunicado da Servilusa, que não adiantou mais detalhes sobre a morte, o corpo do artista vai estar em câmara ardente na terça-feira na Basílica da Estrela, em Lisboa, entre as 18h00 e as 23h00.