A Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciou, esta quarta-feira, ter desmantelado uma rede organizada de tráfico de heroína e cocaína no distrito de Bragança, numa ação em que foram detidas 10 pessoas.
A operação batizada pelas autoridades com o nome “Matriarca” decorreu nos concelhos de Mirandela, Carrazeda de Ansiães e Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança.
As investigações duravam há cerca de dois anos, informou a GNR em comunicado, e “permitiram apurar que os suspeitos atuavam de forma dissimulada, adquirindo o produto estupefaciente na região do Porto, subdividindo-o pelos diferentes elementos desta rede organizada”.
O produto estupefaciente era depois vendido a diversos consumidores de Mirandela, Vila Flor e Carrazeda de Ansiães.
Ao todo, foram detidos quatro homens e seis mulheres, com idades entre os 23 e os 53 anos.
Nestas diligências policiais, foi dado cumprimento a oito mandados de detenção e a nove mandados de busca, cinco domiciliárias e quatro em veículos.
Foram apreendidas duas viaturas, 830 euros em dinheiro vivo, 15 telemóveis, 30 doses de haxixe, um computador, dois tablets, uma pendrive e uma navalha de corte.
Durante a ação, um homem de 38 anos e a mulher de 53, que não eram visados no processo, foram detetados pelas autoridades em ilícitos. Acabaram por ser detidos por tráfico de droga, e assim perfazem os 10 detidos nesta operação. Ambos têm já antecedentes pelo mesmo crime.
Oito dos 10 detidos permanecem nas instalações da GNR até serem presente, na quinta-feira, ao Tribunal Judicial de Mirandela, onde vão ser ouvidos em primeiro interrogatório judicial e ficarão a conhecer eventuais medidas de coação.
A operação policial do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do Destacamento Territorial de Mirandela, contou com o reforço dos Postos Territoriais de Mirandela, de Carrazeda de Ansiães, do Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) de Mirandela, dos Núcleos de Investigação Criminal (NIC) de Bragança, Miranda do Douro e Torre de Moncorvo, da Secção Cinotécnica de Bragança e do Porto, dos Destacamentos de Intervenção (DI) de Bragança, Guarda, Vila Real e Viana do Castelo e do Grupo de Intervenção e Ordem Pública (GIOP) da Unidade de Intervenção (UI).