A principal adversária de Donald Trump nas primárias do Partido Republicano e um dos primeiros nomes excluídos da sua nova administração, Nikki Haley, apresentou as suas dúvidas perante as escolhas de Tulsi Gabbard e Robert F. Kennedy Jr para integrar o executivo do Presidente eleito dos Estados Unidos da América (EUA).

Para a ex-embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, a direção nacional dos Serviços Secretos não é lugar para uma “simpatizante da Rússia, do Irão, da Síria e da China“, acusando a nomeada Gabbard de se opor ao fim do acordo nuclear iraniano, de ser contra a aplicação de sanções a Teerão e de não considerar terroristas os militares iranianos que desejavam a “morte da América”. “Ela disse que Donald Trump tornou os EUA na prostituta da Arábia Saudita. Esta é a futura líder dos nossos serviços secretos”, disse no seu programa Nikki Haley Live, indicando as divergências passadas entre a ex-democrata e o futuro presidente.

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Nikki Haley recordou a viagem de Gabbard à Síria, em 2017, que incluiu um encontro entre a ex-militar e o Presidente sírio, Bashar al-Assad: considerou um comportamento “nojento” ir a Damasco para uma “sessão fotográfica” com o Chefe de Estado, enquanto este “atacava a sua própria população.

Sobre o nomeado para chefiar o Departamento da Saúde, Haley defende que, apesar das suas preocupações alimentares e farmacológicas, Kennedy “não é um tipo saudável” e deve enfrentar “questões duras” dos senadores durante o processo de aprovação. “Algumas pessoas podem achar que o RFK [Kennedy] é fixe, podem gostar do seu ceticismo relativamente à alimentação e os conteúdos das vacinas, mas não sabemos que decisões é que vai tomar quando assumir a chefia do Departamento“, sublinhou.

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Um outro fator salientado pela ex-governadora da Carolina do Sul é a clara falta de experiência de Robert F Kennedy Jr no meio da saúde, mencionando a sua experiência profissional prévia e a falta de qualificações que tem para gerir a pasta que lhe foi atribuída. “É um democrata liberal, advogado de defesa do ambiente, que vai agora supervisionar 25% do nosso orçamento federal sem qualquer experiência no domínio dos cuidados de saúde”, reiterou.

Apesar de ter integrado a administração de Donald Trump na sua primeira passagem pela Casa Branca, Nikki Haley foi a primeira a ser excluída da equipa multifacetada de Trump para o seu segundo mandato em Washington, juntamente com o então Secretário de Estado Mike Pompeo. Na rede social X, Haley, que concorreu contra Trump nas primárias republicanas para liderar a corrida à presidência pelo partido, dirigiu os seus votos de sucesso ao Presidente eleito e aos dirigentes eleitos.