Com um “novo esforço diplomático” em mente, Donald Trump poderá tentar uma abordagem significativamente diferente da do seu antecessor, e retomar uma comunicação direta com o seu homólogo norte-coreano Kim Jong-un, com o objetivo de minimizar os riscos de um conflito militar. A informação vem de fontes próximas da campanha do Presidente eleito, em declarações à Reuters.
O cenário atual é relativamente próximo do de 2017, quando Trump entrou na Casa Branca pela primeira vez. Retirando o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, e o envolvimento direto da Coreia do Norte no combate, as relações diplomáticas entre Washington e Pyongyang são não-existentes, muito à semelhança com o sucedido durante o mandato de Barack Obama. Com Trump na liderança do país, no entanto, viram-se grandes progressos na dinâmica entre os dois países.
Durante o seu primeiro mandato, o líder republicano reuniu-se três vezes com Kim Jong-un, tendo sido o primeiro Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) a pisar solo norte-coreano, numa visita à zona desmilitarizada na fronteira entre as duas Coreias. Apesar de Trump ter cunhado uma “história de amor” entre os dois chefes de Estado, ao longo dos quatro anos, existia uma crescente tensão nuclear, com inúmeras comparações a tamanho de “botões” e mísseis.
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De um lado pedia-se o abandono de armas nucleares, do outro um alívio das sanções. Para Kim Jong-un, a Coreia do Norte já foi “o mais longe possível nas negociações com os EUA” e, diante este impasse apresentado por uma das partes, não é claro o que Donald Trump poderá alcançar com este “novo esforço diplomático”.
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