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Três norte-americanos que estavam detidos na China há vários anos foram libertados numa troca de prisioneiros entre Washington e Beijing, reporta a CNN. “Estamos contentes por anunciar a libertação de Mark Swidan, Kai Li e John Leung da República Popular da China”, disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA. “Em breve vão regressar e reunir com as suas famílias pela primeira vez em muitos anos”.
Os norte-americanos estão a caminho dos Estados Unidos, informou a Casa Branca, citada pela imprensa norte-americana, e pondo fim a meses de pressão diplomática sobre a China e garantindo uma vitória para a administração de Biden nas últimas semanas em funções.
“Graças ao esforço e diplomacia desta Administração com a República Popular da China, todos os cidadãos norte-americanos erradamente detidos estão em casa”, disse a mesma fonte. De acordo com o Whashington Post, há muito que os EUA afirmavam que os três cidadãos em questão tinham sido detidos injustamente por Pequim.
Dois dos três cidadãos tinham sido detidos por suspeitas de espionagem. Kai Li foi detido em 2016 e cumpria uma pena de dez anos de prisão sob essa acusação, tal como Leung, detido em 2021 e condenado em 2023 a prisão perpétua por acusações semelhantes. Leung é, escreve a CNN, um líder veterano de vários grupos pró-Pequim nos Estados Unidos, que convive há anos com altos funcionários do governo chinês.
Já Mark Swidan foi detido em 2012 por acusações relacionadas com drogas — durante mais de uma década que a família tem alertado para a saúde debilitada de Swidan, alegando que este era sujeito a torturas. Em abril, a mãe denunciou ao canal CBS que os Estados Unidos estavam a “aligeirar” as condições da detenção do filho. “É 10 vezes pior”, disse, reiterando que Swidan, que tinha sido mesmo condenado à morte em 2019, estava a ser sujeito a tortura física e psicológica.
As famílias de Li e Swidan têm defendido a libertação dos seus entes queridos e têm pressionado continuamente a administração de Biden a fazer mais para os trazer de volta para casa.
A Casa Branca não disse quem estava a libertar em troca dos cidadãos norte-americanos.