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O Governo português saudou o cessar-fogo no Líbano a partir de quarta-feira, anunciado esta terça-feira por Israel, considerando ser um passo essencial para a paz, e agradeceu os esforços da França e dos Estados Unidos.

“Este é um passo essencial para uma solução de paz e segurança, apelando a que este espírito de compromisso se possa espalhar a toda a região”, considerou o Governo, numa publicação na conta oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social X.

O executivo agradeceu ainda “os esforços da França e dos Estados Unidos” para que a proposta de cessar-fogo fosse aprovada pelo Conselho de Ministros de Israel.

Depois de o Gabinete de Segurança, que reúne os principais ministros e as lideranças militares e do serviço de informações, ter dado luz verde ao acordo com o grupo xiita Hezbollah, mediado pelos Estados Unidos, o Conselho de Ministros reuniu-se e aprovou o cessar-fogo, de acordo com o gabinete de Netanyahu.

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A proposta foi aprovada com dez votos favoráveis e um contra, indicou o gabinete do chefe do Governo israelita.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, que saudou de imediato o anúncio do acordo, confirmou que o cessar-fogo terá início às 4 horas locais na quarta-feira (2 horas em Lisboa).

O primeiro-ministro israelita tinha anunciado previamente que o Gabinete de Segurança aceitou a proposta de acordo de cessar-fogo de 60 dias no Líbano, mas frisou que Israel manterá a “liberdade de ação” se o Hezbollah violar o compromisso.

“A duração do cessar-fogo dependerá do que acontecer no Líbano e manteremos total liberdade de movimentos”, declarou o chefe do Governo.

Poucas horas antes de o cessar-fogo entrar em vigor, a força aérea israelita continuou a bombardear fortemente vários pontos do Líbano, incluindo o centro e arredores de Beirute, entre os ataques mais violentos desde o início da guerra.

O Exército israelita confirmou ataques nas últimas horas em Beirute, Sídon, Tiro e Bekaa, enquanto as sirenes dos alarmes antiaéreos também se ouviram no norte de Israel devido a lançamentos de projéteis do Hezbollah.

Após quase um ano de trocas de tiros ao longo das regiões transfronteiriças entre os dois países desde 8 de outubro de 2023, um dia depois de o grupo islamita palestiniano Hamas ter atacado o sul de Israel, as forças israelitas deslocaram em setembro passado o foco das suas operações da Faixa de Gaza para o Líbano.

Segundo o Ministério da Saúde Publica libanês, mais de 3,7 mil pessoas morreram no país desde outubro de 2023, a maioria nos últimos dois meses, e acima de 1,2 milhões de habitantes estão deslocados.

Do lado israelita, 82 militares e 47 civis foram mortos em quase 14 meses de hostilidades.

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