O Ministério Público abriu um inquérito para investigar o caso do deputado do PSD que atropelou uma criança de 9 anos numa passadeira. Carlos Silva, antigo presidente da Câmara de Sernancelhe, conduzia alcoolizado e, segundo confirmou a Procuradoria-Geral da República ao Observador, o inquérito foi aberto na secção de Satão do Departamento de Investigação e Ação Penal de Viseu.
O atropelamento aconteceu na semana passada, no centro de Vila Nova de Paiva, distrito de Viseu. Quando foi sujeito ao teste do balão, avançou na altura o Correio da Manhã, o deputado acusou inicialmente uma taxa-crime de 1,35 gramas de álcool por litro (g/l) de sangue. Terá pedido, no entanto, uma contraprova, acusando nesse segundo teste 0,96 g/l.
No mesmo dia, Carlos Silva reagiu às notícias divulgadas através do Facebook, argumentando que “não existiu qualquer atropelamento” e que a criança “embateu lateralmente no [seu] carro quando iniciava a marcha”. Ainda no mesmo texto, o deputado também admitiu que estava alcoolizado: “No dia do sucedido, regressava de um almoço, perfeitamente consciente e em momento algum tive a perceção de que poderia estar a ultrapassar o limite de álcool permitido, o que infelizmente aconteceu”.
