A partir de janeiro deixa de haver um corte de 5% nos salários dos políticos. O PSD fez a proposta de alteração ao orçamento do Estado para 2025 e foi aprovada, com os votos contra do Chega, IL, Bloco e Livre e a abstenção do PCP. PSD, CDS, PS e PAN votaram favoravelmente e a proposta dos dois partidos do Governo passou.

E assim os salários dos políticos vão deixar de ter o corte de 5% que existia desde 2011. O PS ainda chegou a fazer uma proposta distinta para que só mandatos iniciados em janeiro ficassem abrangidos, mas acabou por chegar a acordo com PSD e assim acabará por abranger os mandatos já em vigor. Como a do PSD foi votada antes, a proposta que o PS acabou por ir ao encontro da do PSD ficou prejudicada na votação.

O Chega já se tinha antecipado de manhã no anúncio ao voto, tendo André Ventura garantido que todos os deputados do partido vão prescindir desta reposição salarial.

A Associação Nacional dos Municípios Portugueses (AMNP) vinha, ano após ano, a pedir que se eliminasse o corte salarial aos titulares de cargos políticos de 5% que vigora desde 2010, antes da chegada da troika, mas já em resposta ao então governo liderado por José Sócrates à crise financeira que determinou no ano seguinte um pedido de ajuda internacional por parte Portugal.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

São abrangidos Presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, deputados, membros do Governo, representantes da República para as regiões autónomas, deputados às Assembleias Legislativas das regiões autónomas, membros dos governos regionais, governador e vice-governador civil e presidente e vereadores a tempo inteiro das câmaras municipais.

Foi ainda aprovado, esta tarde, a proposta socialista para descongelar a atualização das subvenções aos grupos parlamentares das Assembleias Regionais dos Açores e Madeira.

De resto, as propostas do Chega para cortar salários dos políticos em 12,5%, bem como as alterações (com cortes) às subvenções partidárias do PCP e da IL foram chumbadas.

Cortar subvenções aos partidos políticos como quer a IL reduziria gastos em quase 8 milhões