O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou Charles Kushner — pai de um dos seus genros — como novo embaixador dos EUA em França.
Charles Kushner “é um tremendo líder empresarial, filantropo e negociador, e será um forte defensor a representar o nosso país e os nossos interesses”, escreveu Trump na rede social Truth Social, onde tem anunciado as escolhas para o próxima administração norte-americana e para altos cargos de agências governamentais.
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Aos 70 anos, Charles Kushner, que é pai de Jared Kushner (casado com a filha mais velha de Trump, Ivanka) não tem qualquer experiência diplomática. É o fundador da Kushner Companies, que Trump descreve como “uma das maiores e mais bem-sucedidas empresas imobiliárias privadas do país”. Foi também um dos grandes doadores da última campanha eleitoral para a Presidência, ganha por Trump contra Kamala Harris.
Como lembra a CNN, Charles Kushner foi perdoado por Trump em 2020, após ter sido condenado e preso por evasão fiscal e manipulação de testemunha. Em 2004, Kushner declarou-se culpado de 16 crimes de evasão fiscal, um de manipulação de testemunha e de um outro de falsas declarações à Comissão Federal Eleitoral.
Kushner admitiu ter contratado uma prostituta para seduzir o cunhado, gravou o encontro sexual e enviou o vídeo à irmã. O plano era uma retaliação pelo facto de o cunhado ter cooperado com as autoridades numa investigação federal sobre outros crimes que ele próprio cometera. Por todos estes crimes crimes, foi condenado a dois anos de prisão e acabou expulso da Ordem dos Advogados.
Trump acabou por conceder um perdão ‘póstumo’ a Charles Kushner no final de 2020 (quando já tinha falhado a reeleição, perdendo as eleições para Joe Biden). Kushner foi apenas uma das 26 pessoas perdoadas por Trump de uma só vez. Neste grupo, incluíram-se ainda Paul Manafort, diretor de campanha de Trump em 2016, e Roger J. Stone Jr., um aliado de longa data e conselheiro informal da Casa Branca durante o mandato de Trump.