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O ministro dos Negócios Estrangeiros da República Checa disse, esta quinta-feira, que pelo menos 100 “incidentes suspeitos” ocorridos na Europa em 2024 serão de autoria russa. Jan Lipavský referia-se a tentativas de sabotagem, “ciberataques, espionagem e operações de influência”.

O governante, citado pelo The Guardian, afirmou que “este ano, houve 500 incidentes suspeitos na Europa”, sendo que “pelo menos 100 deles” terão sido perpetrados pela Rússia.

Em declarações aos jornalistas, à margem da reunião dos chefes de diplomacia dos países da NATO, Jan Lipavský considerou que a Europa “precisa de enviar um sinal forte a Moscovo” de que estes atos “não serão tolerados”.

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O jornal inglês avança que a questão das designadas “ameaças híbridas” russas foi um dos principais assuntos discutidos na reunião de dois dias da NATO em Bruxelas, que terminou na quarta-feira.

De resto, outros responsáveis europeus também se pronunciaram sobre este tema. O secretário-geral da NATO referiu, na terça-feira, que “tanto a Rússia como a China tentaram desestabilizar os nossos países e dividir as nossas sociedades com atos de sabotagem, ciberataques e chantagem energética”. Mark Rutte avançou que a organização acertou um conjunto de medidas para combater “as atividades hostis” russas.

Já o chanceler Olaf Scholz, em declarações no Parlamento alemão esta quarta-feira, alertou que a Alemanha “enfrenta uma ameaça significativa de sabotagem tanto da Rússia como da China”.

O propósito destas ações, acreditam as autoridades, é potenciar as tensões sociais nas nações aliadas da Ucrânia, tendo em vista a redução do apoio militar a Kiev.

O The Guardian refere que os serviços secretos europeus estão a investigar diversos casos apontados como possíveis operações russas. Um exemplo é o recente corte de dois cabos submarinos no Mar Báltico, que as autoridades apontam para uma tentativa de sabotagem.

Destruição de cabos submarinos. Misterioso navio chinês no Mar Báltico aumenta suspeitas de sabotagem

As preocupações na Europa sobre potenciais ataques híbridos russos intensificaram-se com a utilização de mísseis de longo alcance dos EUA e do Reino Unido, nomeadamente os mísseis ATACMS e Storm Shadow, em ataques contra território russo.