Donald Trump anunciou que a montanha mais alta da América do Norte, situada no Alasca, vai voltar a designar-se montanha McKinley, o nome original, em homenagem a William McKinley, que foi Presidente norte-americano entre 1897 e 1901.

Este domingo, num comício em Phoenix, Donald Trump fez o anúncio e disse, citado pela Reuters, que McKinley “merece” ter o seu nome na montanha, por ter sido “um grande Presidente”. McKinley foi eleito líder dos Estados Unidos da América em 1897, depois de ter sido governador do estado de Ohio. A sua governação ficou marcada pela vitória na Guerra Hispano-Americana. Morreu assassinado em 1901.

Em 2015, Barack Obama tinha alterado o nome para Montanha Denali, a denominação reclamada pela população local e pelo estado do Alasca, encerrando uma “batalha” que se arrastava há várias décadas. Na altura, a administração Obama justificou a decisão com o facto de McKinley nunca ter visitado a montanha e não ter nenhuma “ligação histórica significativa com a montanha ou com o Alasca”, lembra a Reuters.

No entanto, a decisão de Trump não é unânime no seio do Partido Republicano. Lisa Murkowski, senadora republicana do Alasca, recusou a intenção do Presidente eleito. “Só há um nome digno da montanha mais alta da América do Norte: Denali — a Grande”, escreveu Murkowski numa publicação na rede social X.

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Segundo a Reuters, a montanha, que tem uma altitude superior a 6.100 metros, foi “batizada” com o nome de McKinley em 1896, depois de um explorador ter ouvido que McKinley tinha vencido a nomeação republicana no estado do Alasca, para as eleições presidenciais do ano seguinte. Mais tarde, em 1975, o estado determinou Denali como a denominação oficial da montanha, exigindo que o governo federal também adotasse o nome, o que só veio a acontecer em 2015, quando o democrata Barack Obama foi Presidente dos EUA.