O Presidente eleito dos Estados Unidos da América, Donald Trump, afirmou este domingo a “necessidade absoluta” de o país controlar a Gronelândia, território autónomo, que pertence à Dinamarca há mais de 600 anos. O anúncio foi feito a partir de uma publicação divulgada na rede social Truth Social, da qual o futuro Presidente é dono.
O primeiro-ministro da Gronelândia, Múte Egede, respondeu aos comentários esta segunda-feira: “A Grenolândia é nossa. Não está à venda. Não devemos perder a nossa longa luta pela liberdade”, disse o governante em declarações escritas ao jornal dinamarquês DR Nyheder.
Não é a primeira vez que Donald Trump menciona a possível compra da ilha. A última vez foi em 2019, durante o seu primeiro mandato presidencial (2017-2021), mas a ideia foi prontamente rejeitada pela Dinamarca, dissipando assim qualquer oportunidade de discussões formais.
A Reuters menciona que, com a sua base aérea de Pituffik, a Gronelândia é estrategicamente importante para os militares dos EUA e para o seu sistema de alerta precoce de mísseis balísticos, uma vez que a rota mais curta da Europa para a América do Norte passa pela ilha que pertence à Dinamarca desde 1380.
Numa outra ocasião, também este domingo, Trump ameaçou igualmente reafirmar o controlo sobre o Canal do Panamá. O Presidente eleito invocou “taxas ridículas” e sugeriu influência da China no canal. O Presidente do Panamá respondeu ao bilionário norte-americano, assegurando que “cada metro quadrado do Canal do Panamá e da área adjacente pertence ao Panamá e continuará a sê-lo”.
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Donald Trump irá substituir Joe Biden na Presidência dos EUA no próximo dia 20 de janeiro após ter vencido Kamala Harris nas eleições presidenciais, ocorridas no passado dia 5 de novembro.
Texto editado por Carlos Diogo Santos