Os acidentes rodoviários no período de Natal e Ano Novo causaram a morte a 25 pessoas, somando os resultados das operações da GNR e PSP divulgados esta sexta-feira.

O balanço da PSP indica que cinco pessoas morreram nas estradas portuguesas durante a operação “Festas em Segurança 2024/2025” da PSP que decorreu de 18 de dezembro a 2 de janeiro (quinta-feira), mais quatro do que no período homólogo.

No total das duas forças, 25 pessoas morreram durante o período de Natal e Ano Novo.

PSP registou cinco mortos. Todas no dia 1 de janeiro

Em comunicado, a PSP refere que as cinco vítimas mortais resultaram de colisões nos distritos de Lisboa, Leiria e Setúbal no dia 1. Durante o período em que decorreu a operação e comparativamente ao período homólogo de 2023, a PSP registou 2.255 acidentes, menos 81 que em 2023.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Registaram-se 747 feridos, mais 71 que no ano passado, dos quais 28 graves (mais sete que em 2023) e 719 feridos ligeiros (mais 64).

No total, a PSP efetuou 984 detenções, apreendeu 52.237 artigos de pirotecnia e elaborou 6.960 autos de contraordenação relativamente a infrações rodoviárias.

Das detenções, esta força policial destaca 461 por crimes rodoviários, nomeadamente 289 por condução de veículo em estado de embriaguez e 172 por falta de habilitação legal para conduzir.

Foram detidas 37 pessoas por posse de arma proibida e 71 suspeitos por tráfico de droga, tendo sido apreendidas mais de 75.329 doses individuais. Somam-se 56 detenções por crimes contra a propriedade, nomeadamente furtos e roubos.

No mesmo período, foram apreendidas 37 armas de fogo, 54 armas brancas, bem como 52.237 artigos de pirotecnia. No comunicado, a PSP acrescenta que, inserida na nesta operação, realizou-se a ação Montra Segura, no âmbito do Policiamento de Proximidade — Comércio Seguro, tendo sido desenvolvidas 439 ações de sensibilização que abrangeram 7.199 comerciantes.

GNR contabilizou mais uma morte do que no ano anterior

Também a GNR divulgou esta sexta-feira ter morrido mais uma pessoa (20) do que no período homólogo (19). Em declarações à agência Lusa, a tenente-coronel Mafalda Almeida, adiantou que durante a operação foram registados 3.234 acidentes, menos 321 do que na Operação “Natal e Ano Novo 2023/2024” (3.665).

“A GNR fez a operação entre 18 de dezembro de 2024 e 2 de janeiro de 2025. Desta operação em termos de sinistralidade rodoviária foram registados 3.234 acidentes, 20 vítimas mortais, 87 feridos graves e 972 feridos ligeiros”, adiantou.

A GNR adianta também ter fiscalizado 155.578 condutores, dos quais 1.404 conduziam com excesso de álcool e, destes, 691 foram detidos com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l”.

Foram ainda detidas 257 pessoas por conduzirem sem habilitação legal.

Das 27.654 contraordenações rodoviárias detetadas, a GNR destaca 6.597 por excesso de velocidade, 713 por excesso de álcool, 681 por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança e/ou cadeirinha.

De acordo com os dados, foram registadas 506 contraordenações por uso indevido do telemóvel a conduzir, 2.576 por falta de inspeção periódica obrigatória e 851 por falta de seguro de responsabilidade civil obrigatório.

Durante a operação e no que diz respeito à criminalidade geral, a GNR adianta que foram detidas 63 pessoas por tráfico de droga, 26 por posse ilegal de armas ou armas proibidas e 37 por furto e roubo.

“Os números revelam que tivemos mais ações de fiscalização, mais ações de patrulhamento. Portanto, temos aqui uma maior presença não só de patrulhamento, mas de fiscalização, mas efetivamente o balanço só é positivo quando não se registam estes dados de sinistralidade rodoviária, que infelizmente continuam a registar-se não só no período de Natal e Ano Novo, que é um período de maior fluxo rodoviário e um maior número de pessoas frequentam e andam nas estradas portuguesas, mas também ao longo de todo o ano”, disse.

GNR alerta para comportamentos que têm de ser corrigidos. PSP vai continuar atenta

Segundo Mafalda Almeida, continuam a registar-se vitimas mortais, acidentes graves e a verificar infrações que colocam em causa os condutores e terceiros.

“Mostra que há aqui um comportamento por parte dos condutores, reiterado ou não, que tem de ser corrigido. As campanhas fazem o seu papel, mas tem de haver obviamente o contributo de todos nós coletivamente enquanto sociedade”, sublinhou.

Sobre os comportamentos para o próximo ano, também a PSP fez saber que se manterá “atenta e vigilante em todas as estradas nacionais, continuando a incidir em três vetores de atuação: prevenção, sensibilização e fiscalização”. E apela “a todos os condutores para que conduzam em segurança, adaptando a sua condução às condições meteorológicas e ao estado do piso”.

“Não adotem comportamentos que possam diminuir as suas capacidades, designadamente condução em excesso de velocidade ou sob o efeito do álcool, ou que sejam suscetíveis de causar distrações, como o uso do telemóvel durante a condução”, termina a PSP.