O candidato presidencial Venâncio Mondlane anunciou este domingo o regresso a Moçambique em 9 de janeiro, mais de dois meses depois de deixar o país, alegando que “não precisam de o perseguir mais”.

“Estão a matar os meus irmãos, estão a sequestrar os meus irmãos”, disse Venâncio Mondlane num direto ao final do dia deste domingo, na sua conta na rede social Facebook, para apresentar a fase de contestação pós-eleitoral que denominou de “Ponta de lança”.

Venâncio Mondlane: “Disposto a morrer? Não vou ficar no exílio para sempre”

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Nesse mesmo direto, Venâncio Mondlane garantiu que nunca teve “medo” e que não foi esse o motivo que o levou a ir para o estrangeiro. “Se andam a matar os meus irmãos, estarei presente para me poderem fazer o que quiserem.”

O candidato presidencial convidou ainda os seus apoiantes a irem recebê-lo ao aeroporto internacional de Maputo na próxima quinta-feira. E ainda atirou: “Queria convidar o próprio Presidente, o próprio Procurador-Geral da República, a própria presidente do Conselho Constitucional e o Presidente do Supremo Tribunal a irem receber-me”.

“Estarei em Maputo. Não precisam de me perseguir mais”, frisou ainda Venâncio Mondlane, sublinhando igualmente que houve uma “empresa de mercenários” à sua procura.

Venâncio Mondlane, que está fora de Moçambique desde 21 de outubro, quando foram desencadeadas as manifestações pós-eleições de 9 de outubro, anunciou que regressa a Maputo, através do aeroporto internacional de Maputo, às 8h05 locais (6h05 de Lisboa) de quinta-feira, 9 de janeiro.