Uma minirretrospetiva de João Artur da Silva vai ser apresentada em Londres quase 50 anos depois de o artista surrealista português ter deixado a capital britânica.
A Perve Galeria vai apresentar na Feira de Arte de Londres uma série de pinturas e esculturas datadas de diferentes períodos da carreira, algumas das quais criadas quando João Artur da Silva viveu na cidade, entre 1958 e 1978.
Segundo a galeria, além de expor em várias galerias e instituições e frequentar o círculo artístico, naquele período produziu lenços de seda impressos à mão sob a marca “Da Silva” que foram vendidos em lojas em lojas reputadas como a Harrods e a Liberty.
Nascido em 1928 em Cascais, João Artur da Silva fez parte do grupo Os Surrealistas juntamente com Mário Cesariny, Cruzeiro Seixas, António Maria Lisboa e Mário Henrique Leiria, entre outros.
João Artur da Silva, considerado o único sobrevivente do movimento surrealista português do início do século XX, reside em Vancouver, no Canadá, desde 1991 onde, aos 96 anos de idade, continua a pintar diariamente.
A Perve Galeria, que representa o artista, vai também apresentar trabalhos da artista moçambicana Teresa Roza d’Oliveira (1945-2019) e de Renée Gagnon, artista canadiana radicada em Portugal desde a década de 1970, cujas obras exploram os musseques (bairros informais) de Angola.
A 37.ª edição da Feira de Arte de Londres (London Art Fair), que decorre entre 22 e 26 de janeiro, inclui 120 galerias de todo o mundo, incluindo 18 galerias internacionais, das quais a Perve é a única portuguesa.
Durante o certame dedicado à arte moderna e contemporânea vão estar em exposição obras de artistas como Alberto Giacometti, Francis Bacon, Bridget Riley e Barbara Hepworth em vários suportes, incluindo escultura, gravuras, pinturas, fotografia, têxteis e cerâmica.