A Procuradoria-Geral da República está investigar o negócio do plasma em Portugal, uma matéria alvo de uma reportagem há alguns meses na estação televisiva TVI, que hoje noticiou o inquérito. A Lusa contactou a Procuradoria-Geral da República, que confirmou a existência de um inquérito, “a correr termos no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP)”, em investigação e em segredo de justiça.

A estação televisiva disse que o DIAP pediu os documentos que estiveram na base da reportagem “O negócio do plasma”, e que vai começar a ouvir os envolvidos no caso. A reportagem denunciava o desperdício de plasma doado pelos dadores portugueses e o gasto de milhões de euros na compra de plasma à empresa Octapharma.

A TVI noticiou que vão ser investigados os contratos ganhos pela farmacêutica, quando um dos elementos do júri era Luís Cunha Ribeiro, atual presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa, que na altura vivia em casa do principal responsável da empresa.

A Octapharma disse em comunicado, na altura da reportagem, que não retirava “o mais pequeno benefício da situação de não aproveitamento do plasma português”. O responsável da Octapharma, Lalanda e Castro, foi quem deu emprego a José Sócrates depois de o ex-primeiro-ministro ter deixado o executivo. Além de José Sócrates é também um dos arguidos do processo “Operação Marquês”.

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