Muitos não sabiam sequer que a banda existia, mas agora poucos vão esquecer o nome. Em causa está a banda norte-americana, Eagles of Death Metal, que atuava no Bataclan, em Paris, na altura do ataque que vitimou mais de 100 pessoas na sala de espetáculos. Nick Alexander, de 36 anos, responsável pela venda de merchandising da banda foi uma vítimas, refere a Rolling Stone.

Na sequência dos acontecimentos, a formação interrompeu a digressão europeia e cancelou os concertos previstos, incluindo o de encerramento, agendado para a 10 de dezembro, em Lisboa no Armazém F. Segundo a Vulture, a banda estará de regresso aos Estados Unidos da América.

O nome dos Eagles of Death Metal, que em tradução literal significa “Águias do Metal da Morte”, remete para um subgénero particularmente sombrio do heavy metal (também conhecido como “metal da pesada”), o death metal. Mas, tal como o dia o concerto – sexta-feira, 13 –, é apenas mais uma ironia da tragédia que assolou a capital francesa.

A banda é originária de Palm Desert, na Califórnia, e é conhecida pelo seu estilo que mistura blues-rock dos anos 1970 com uma dose de humor, escreve o New York Times. Ou seja, um estilo bem distante das sombras que caracterizam o Death Metal.

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Os Eagles of Death Metal têm como núcleo duro os amigos de infância Jesse “Boots Electric” Hughes e Joshua “Baby Duck” Homme — que também é vocalista dos Queens of Stone Age e Them Crooked Vultures — fazem-se acompanhar nos espetáculos ao vivo e nos álbuns de estúdio, por outros músicos. Desde o seu início, em 1998, nunca tiveram uma formação definida.

O concerto no Bataclan era mais um da digressão europeia de promoção de Zipper Down, o quarto álbum do grupo, lançado em 2015, que há sete anos não gravava em estúdio. A banda lançou o primeiro álbum, Peace, Love, Death Metal, em 2004, ao qual sucedeu Heart On, em 2006, e Death By Sexy, em 2008.

Josh Homme, como também é conhecido o músico, não costuma integrar as digressões devido aos compromissos com outras formações e não estava em Paris com o grupo. Nenhum dos restantes membros da banda foi atingido no ataque, confirmou a Universal, editora do grupo, ao New York Times. Dave Catching, um dos músicos que acompanha banda, confirmou também através da sua conta do Twitter que todos os membros se encontram bem.