A ministra da Justiça afirmou esta quarta-feira que os problemas que estão a afetar o acesso à plataforma informática Citius eram expectáveis e era impossível evitá-los. Paula Teixeira Cruz admitiu que o portal informático pode demorar até uma semana a arrancar. Alguns erros detetados não são de agora.

“Não deixávamos de esperar falhas num sistema informático, acontece sempre. Não há sistemas informáticos que não tenham problemas, sobretudo no arranque”, afirmou a governante, no programa “Grande Entrevista”, da RTP Informação.

Paula Teixeira da Cruz recordou já ter dito que a reforma não seria prejudicada “em função de algum percalço que sucedesse” e insistiu que as situações concretas detetadas têm de ser resolvidas.

Questionada pelo jornalista Vítor Gonçalves, a ministra considerou “impossível” que os problemas pudessem ter sido resolvidos previamente.

Ao Público, o presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça revelou que o problema em causa “não foi um problema técnico” mas de “dados registados de forma incompleta e registos mal preenchidos”. Rui Pereira explicou que se registaram vários problemas durante a migração dos processos: pessoas com mais do que uma morada associada, número de testemunhas ouvidas superior ao número de testemunhas registadas, processos com arguidos ou réus de outros casos.

Embora não tenha conseguido precisar quantos processos terão que ser corrigidos um a um, é provável que estes passem a margem de erro prevista – que andava no 1% ou 2%.  É que só Tribunal de Portimão, segundo o responsável, tiveram de ser corrigidos cerca de 600 mil atos processuais.

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