A Moody’s colocou sob vigilância de pendor negativo o rating do Banif, mostrando-se preocupada com a “viabilidade futura” do Banif. A agência de notação de risco decidirá sobre o possível corte de rating quando fizer uma avaliação mais aprofundada da situação financeira do banco e quando se souberem quais as soluções para os desafios atuais.

“A vigilância deve-se aos últimos desenvolvimentos do mercado e ao impacto que estes podem ter na situação financeira já frágil do Banif”, afirma a agência de rating em comunicado divulgado esta sexta-feira, um dia decisivo para o futuro do banco já que é o prazo limite para chegarem as propostas de investidores privados que queiram comprar o banco.

A Moody’s anotou, também, a notícia televisiva do fim de semana (da TVI) que “questionou a segurança dos depósitos”. Essa notícia, que deverá levar o banco a atuar judicialmente contra a estação, “terá tido o potencial para prejudicar a confiança dos clientes e dos investidores, com consequências negativas para a posição de liquidez do banco”.

É certo, diz a agência de rating, que o Banco de Portugal fez uma declaração pública a assegurar os depósitos do Banif (até 100 mil euros) e o acompanhamento da situação de modo a preservar a estabilidade do setor financeiro português. “Contudo, estes acontecimentos recentes combinados com a situação fundamental frágil do banco continuam a levantar questões acerca da viabilidade do Banif”, conclui a agência de rating.

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Chineses pedem adiamento até 23 de dezembro

Entretanto, o Diário Económico apurou que um fundo de investimento de Hong Kong, que está interessado na totalidade do banco, pediu um alargamento até 23 de dezembro do prazo para entregar uma proposta. O Observador não conseguiu confirmar tal informação.

Ainda não foram apresentadas, oficialmente, propostas vinculativas, ainda que haja a informação de que há ofertas a serem negociadas entre o Banif e interessados, antes de serem apresentadas ao governo.

Aguarda-se uma comunicação por parte do banco nos próximos minutos, apurou o Observador.