As ilhas Shetland podem deixar de pertencer à Escócia, caso o ‘Sim’ vença no referendo desta quinta-feira, avança o The Guardian. A informação foi dada por Alistair Carmichael, secretário de Estado para a Escócia no Governo do Reino Unido, que disse que caso o ‘não’ saia derrotado do referendo, as opções para o arquipélago, rico em petróleo, ficam em aberto.
Entre o leque de opções está a hipótese de as ilhas seguirem o exemplo da Ilha de Man, que é uma dependência da coroa do Reino Unido, ou das ilhas Faroé, um país autónomo dentro do reino da Dinamarca, explicou Alistair Carmichael ao The Guardian. Tavish Scott, representante de Shetland no parlamento escocês afirmou que caso o ‘Sim’ vença, todas as opções ficam em aberto. A hipótese de Shetland se tornar numa dependência da coroa parece estar em cima da mesa, depois de ser descartada a independência total das ilhas.
O arquipélago tem-se mostrado contra a independência da Escócia, em parte devido à história das ilhas, explica a publicação inglesa. Shetland fez parte da Noruega até ao século XV e está mais perto da costa oeste daquele país do que de Edimburgo.
“Não quero sugerir que existe um elemento de ameaça aqui, porque não é disso que se trata. Mas se a comunidade quiser conversar sobre a sua posição na Escócia e no Reino Unido, estamos abertos a isso. O que estou a dizer às pessoas é: reconheçam que nesta circunstância, podemos querer que esta conversa fique entre nós”, disse Alistair Carmichael.
Em agosto, a imprensa escocesa noticiou que Carmichael se demitiria do Governo do Reino Unido caso a Escócia se torne independente. Ao The Guardian, disse: “Passamos essa ponte quando chegar a altura. O meu dever principal é sempre para com os meus eleitores. Vou ouvi-los e ser guiado por eles”, referiu.