O Banco de Portugal está a trabalhar, em simultâneo, em duas opções de venda do Novo Banco, escreve, esta terça-feira, a imprensa, que acrescenta que o processo deverá estar concluído até julho deste ano, para responder ao compromisso estabelecido com Bruxelas. O futuro da instituição pode passar pela venda direta a um investidor ou pela dispersão em bolsa.

De acordo com o Diário Económico e o Jornal de Negócios, os grupos espanhóis Santander e CaixaBank, ou fundos norte-americanos, são os candidatos mais fortes no caso de a opção escolhida ser a venda direta do Novo Banco, nesta segunda tentativa de venda.

Escreve o Negócios que Sérgio Monteiro, responsável operacional pelo processo, já está a ultimar a elaboração do projeto de prospeto da oferta inicial de venda do Novo Banco, que será entregue em abril na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Já o Económico avança que o Banco de Portugal vai fazer um ‘roadshow’ pelas principais praças financeiras da Europa e da América do Norte, na segunda quinzena de março, com vista a atrair investidores para o processo de venda do Novo Banco. O objetivo é vender a maior parcela possível e ao melhor preço.

Bruxelas alargou prazo até agosto de 2017

Bruxelas tinha dado até agosto de 2016 para o Governo português concluir o processo de venda do Novo Banco, mas no final do ano anunciou a extensão do prazo, sem dizer qual seria o novo.

De acordo com o Diário Económico, esse prazo esticou por mais um ano – até agosto de 2017 – mas Bruxelas exigiu, em compensação, uma prova que confirme o compromisso do Governo português em vender a instituição. E essa prova tem de ser dada até julho de 2016 e que pode passar precisamente pela venda de parte do capital num dos dois moldes acima referidos, escreve o jornal.

Contactada esta manhã pelo Observador, fonte oficial do Banco de Portugal não quis prestar qualquer comentário sobre o assunto.

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