A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu esta quinta-feira que a redução do fluxo de migrantes que chegam à costa europeia dá uma oportunidade à União Europeia (UE) para consolidar os planos destinados a proteger as suas fronteiras exteriores.

“Agora que o número de refugiados que entram na Europa diminuiu, temos a oportunidade de procurar em conjunto uma solução europeia”, declarou Angela Merkel, após um encontro com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.

A chanceler e uma delegação europeia de alto nível visitam no próximo fim de semana uma zona perto da fronteira turco-síria, para garantir o cumprimento do acordo UE-Turquia visando combater a crise migratória, a pior desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Muitos são os que, de entre eles, fogem aos conflitos no Médio Oriente, mas também os refugiados económicos, que procuram uma vida melhor.

A União Europeia concluiu no mês passado um acordo com Ancara, segundo o qual a Turquia é encarregada de acolher todos os “migrantes em situação irregular” que chegam às ilhas gregas, em troca de milhões de euros pela ajuda aos refugiados e de concessões políticas.

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Segundo Merkel, é necessário um esforço europeu para obter “uma migração controlada, legal, com os nossos vizinhos”.

“Ou a Europa protege as suas fronteiras mais distantes, ou daremos um passo atrás ainda maior”, acrescentou a chanceler, depois de ter passado o dia na cidade de Eindhoven.

No ano passado, a Alemanha acolheu 1,1 milhões de requerentes de asilo.

“Vemos que os números do fluxo migratório estão a diminuir. É demasiado cedo para tirar conclusões, mas os primeiros sinais são positivos”, declarou Rutte, numa conferência de imprensa conjunta.

A chefe do executivo alemão deve reunir-se na segunda-feira em Hannover, no norte da Alemanha, com o Presidente norte-americano, Barack Obama, e o Presidente francês, François Hollande, bem como com os primeiros-ministros britânico, David Cameron, e italiano, Matteo Renzi. A imigração será um dos temas na agenda.