“Todos os encontros correram muito bem”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, após a reunião com a chanceler Angela Merkel, em Berlim, onde discutiu a aplicação de sanções a Portugal a propósito do défice excessivo do país. O presidente da República falou em compreensão e numa “abertura muito grande em entender a situação portuguesa” por parte do Governo alemão, além de uma “disponibilidade para reforçar as parcerias entre Alemanha e Portugal”.

“Não vi nenhum sinal de preocupação da chanceler em relação a Portugal, mas sim sinais de compreensão”, continuou Marcelo, salientando que “há uma compreensão muito clara do que se passa em Portugal”. O presidente disse ainda que, segundo uma leitura própria, existe disponibilidade para uma colaboração entre as duas nações. Apesar do discurso otimista, o presidente não confirmou qualquer garantia.

Sobre a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, Marcelo recusou-se a dizer exatamente o que foi conversado, remetendo o tópico para as instituições europeias. “Em relação a isso eu mantenho a minha posição que é conhecida, que não vejo razão nenhuma em estar pessimista em relação a essa hipótese. Nenhuma razão”, reforçou.

“Vou satisfeito com aquilo que senti e que ouvi da parte da chanceler. Valeu muito a pena a visita, valeu a pena verificar que a chanceler acompanha, e acompanha bem, o que se passa em Portugal. A minha interpretação é que correu muitíssimo bem, todas as conversas e em particular aquela que tive com a chanceler, melhor do que tinha esperado”, concluiu.

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