“Bem-vindos a Júpiter” informou uma voz aos controladores da NASA responsáveis pela missão. A sonda Juno entrou esta terça-feira na órbita de Júpiter. A NASA, que está por detrás da odisseia espacial espera com esta missão perceber as origens do maior planeta do sistema solar. O Observador seguiu a operação em direto.

A nave, um observatório espacial não tripulado e movido a energia solar, entrou na órbita de Júpiter cinco anos e 2,8 mil milhões de quilómetros depois de ter iniciado a sua viagem rumo ao planeta.

A sonda entrou na órbita do planeta às 3h18 (hora de Lisboa), depois de uma manobra bastante complexa por entre campos de asteroides e radiação intensa.

Um vídeo no centro de controlo da NASA, mostra os membros da equipa a aplaudirem a gritarem, enquanto a voz de Jennifer Delavan, da Lockheed Martin – responsável pela construção da sonda – anuncia a chegada à órbita de Júpiter.

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Numa conferência de imprensa, Scott Bolton, o principal investigador da missão Juno afirmou: “São a melhor equipa de sempre! Acabámos de fazer a coisa mais difícil que a NASA alguma vez fez”.

Diane Brown, a responsável pela missão Juno, confessou que “saber que podemos ir para a cama sem nos preocuparmos com o que vai acontecer amanhã é simplesmente espantoso”, depois de admitir que os riscos que tiveram de superar tinham sido “espetaculares”.

Depois de chegar ao maior planeta do sistema solar, os principais objetivos da sonda são responder a questões como: Quanta água existe? O planeta tem um núcleo sólido? Por que razão é que as luzes polares são as mais brilhantes do sistema solar?

O planeta gasoso onze vezes maior que a Terra e 300 vezes mais maciço, formou-se a partir de uma nuvem de gás há cerca de 4,5 mil milhões de anos.

A sonda de 1.1 mil milhões de dólares (987 milhões de euros) deslocou-se a uma velocidade de mais de 130.000 milhas por hora (209.200 quilómetros por hora) em direção àquele que é considerado o planeta “rei” do sistema solar.

A entrada na órbita de Júpiter era um momento chave porque se a sonda não fosse bem-sucedida, poderia passar por Júpiter e deixá-lo para trás, acabando assim uma missão de 15 anos a cerca de 540 milhões de milhas (869 milhões de quilómetros) da Terra.

No entanto, a missão foi um sucesso e esperam-se fotografias de Júpiter a partir de agosto.