O candidato socialista a primeiro-ministro defendeu esta quinta-feira a integração do trabalho realizado no PS nos últimos anos, vincando que o seu partido é “um só”, ao contrário dos bancos, que têm os maus e os bons.

António Costa falava no final de uma reunião com coordenadores de equipas programáticas do PS, como o Laboratório de Ideias e Propostas para Portugal (LIPP), a convenção Novo Rumo e a Agenda para a Década, tendo em vista a elaboração de uma moção de estratégia comum para o próximo congresso nacional deste partido.

A ex-secretária de Estado Maria Manuel Leitão Marques, que foi coordenadora da moção de António Costa nas primárias socialistas, será a coordenadora do processo de fusão dos vários documentos elaborados pelo PS nos últimos três anos.

No final da reunião, que durou cerca de 75 minutos, António Costa disse que o encontro se inseriu no processo de preparação do congresso do PS, marcado para os dias 29 e 30 de novembro, em Lisboa.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“É muito importante que os documentos que estamos a preparar para o congresso não sejam os documentos do António Costa, mas os documentos do conjunto do partido. Nesse sentido, há muito trabalho que foi feito ao longo dos últimos anos que considero importante valorizar, integrando as pessoas que têm estado a trabalhar na Agenda para a Década, ou no LIPP, ou na convenção Novo Rumo”, declarou o candidato socialista a primeiro-ministro, numa primeira nota de consenso interno.

O candidato vencedor das eleições primárias do PS reforçou depois essa mensagem: “O partido é só um”. “Isto não é como os bancos, que têm os bons e os maus. Aqui é só um partido – e é o bom PS”, salientou.

Sobre a sua reunião com o Presidente da República, Cavaco Silva, na sexta-feira, no Palácio de Belém, António Costa disse que se trata “de uma conversa normal”. “O senhor Presidente da República teve a gentiliza de me receber. Era uma vontade mútua de conversarmos e foi a oportunidade da agenda do senhor Presidente da República”, justificou.

Interrogado sobre a coincidência de horas entre a sua reunião com o Presidente da República e o debate quinzenal na Assembleia da República, António Costa respondeu: “É a hora da agenda do senhor Presidente da República”.